sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Não ao golpe >> Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor!

Em março de 1964 a direita paulista realizava sua mobilização em defesa do golpe militar na chamada "Marcha da família com Deus pela liberdade", após o belo comício de João Goulart em defesa das reformas de base na Central do Brasil.
Foi a tentativa de fantasiar o golpe de revolução, de "legitimar" a ruptura democrática para barrar o "comunismo" e os "vermelhos".
Como bem nos recorda a tradição marxista, a história se repete como tragédia ou como farsa.
A "Marcha da família com Deus pela liberdade" teve o apoio do então governador de São Paulo, Ademar de Barros; do então presidente do Senado, Auro de Moura Andrade; de diversos parlamentares conservadores; de algumas organizações de direita e do imperialismo estadunidense.
No próximo dia 13 de dezembro a direita brasileira, em especial a paulista, tentará reeditar a "Marcha da família com Deus pela liberdade", utilizando desta vez um novo slogan. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, dará total apoio; assim como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha; além dos demais parlamentares conservadores (José Agripino, Aécio Neves, Rogério Marinho, Bolsonaro, Marcos Feliciano...), dos grupelhos fascistas (MBL, Vem pra Rua, Revoltados On Line, Novo...) e do imperialismo euro-norte-americano.
Se é verdade que o PT e o governo da presidenta Dilma cometeram enormes equívocos políticos, também é verdade que a direita quer promover mais um golpe para desconstruir os enormes acertos do PT e do governo Dilma, como os programas sociais e a política externa.
É a Casa Grande se mobilizando para eliminar qualquer possibilidade de libertação da Senzala; são os coronéis da mídia afirmando que esta fronteira que separa o Brasil de hoje do Brasil de amanhã não será transposta, que não permitirão a realização das reformas de base, interditadas desde o golpe militar; são os fascistas declarando morte aos comunistas e socialistas; é o imperialismo tentando reocupar espaço na América Latina.
Por essas e outras não podemos titubear, não podemos ter dúvidas: nosso lugar são as praças e avenidas do Brasil, para evitar que a história se repita.
Mesmo com diversas críticas ao PT e ao governo Dilma, chegou o momento de honrarmos a memória daquelas e daqueles que tombaram durante a ditadura militar em defesa da democracia, de honrarmos a história daquelas e daqueles que sobreviveram, continuaram a luta e que não merecem testemunhar uma nova ruptura democrática.
Até o dia 16 de dezembro, quando ocuparemos as praças e avenidas de todo o Brasil em defesa da democracia e consequentemente do mandato da presidenta Dilma, temos muito trabalho a fazer.
Em cada cidade e em cada estado do país devemos reunir juristas, artistas, empresários democratas, lideranças religiosas, estudantes, professores, servidores públicos e organizar comitês em defesa da democracia.
A história não vai se repetir. Com mobilização popular derrotaremos os golpistas e faremos o governo Dilma reencontrar o programa vitorioso nas urnas. Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor!
Bruno Costa
Militante do PT e da AE

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