quinta-feira, 2 de junho de 2016

A AGRICULTURA FAMILIAR JÁ COMEÇOU PERDENDO COM TEMER

Foto de Caramuru Paiva.
Um mês é pouco tempo para analisar um governo, mesmo sendo este um governo ilegítimo. Mas é possível dizer que "mal o jogo iniciou a agricultura familiar já está perdendo de 3 x 0".
O primeiro gol contra foi a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário no primeiro dia de gestão. Sem um Ministério o setor perde uma pasta específica no Governo para pensar, formular, executar e aperfeiçoar as políticas públicas sem submissão a outro setor.
O segundo deriva do primeiro que é a redução de orçamento porque é lógico que um ministério tem orçamento maior do que uma secretaria. O exemplo é os últimos 13 anos aonde a agricultura familiar elevou o seu orçamento do plano safra anual de R$ 2 bilhões para R$ 30.000.000.000,00. Em troca o setor respondeu com a produção de alimentos que ajudou tirar o país da lista da fome da ONU.
E finalmente, o Governo interino de Temer caiu num grande equívoco em desvalorizar a importância econômica da agricultura familiar ao colocar ela dentro da pasta do Ministério do Desenvolvimento Social. Embora tenha forte contribuição social, a agricultura de base familiar contribui com cerca de 20% do PIB, gera mais de 12 milhões de ocupações e oferece contribuição para a estabilização da inflação (com a produção de alimentos que é um dos responsáveis pela elevação dos preços).
A economia do Brasil sem a agricultura familiar é como um time de futebol de campo sem 2 jogadores. E com a política econômica de Temer o desenrolar do jogo aponta uma derrota maior do povo do campo. Nesta partida perderá os jogadores (agricultores/as) e a torcida (a população).
É hora da jogadora titular voltar. ‪#‎VoltaDilma‬
                                                               
                                                               Caramurú Paiva - Engenheiro Agrônomo com Especialização em Gestão Ambiental

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