segunda-feira, 10 de outubro de 2016

CORRUPÇÃO >> Os processos de Rogério Marinho

O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) responde a três processos no âmbito do Supremo Tribunal Federal, corte em que devem ser investigados e julgados deputados federais devido ao foro de prerrogativa.

O primeiro deles, mais antigo, remonta a meados da década passada e deve origem na justiça estadual do Rio Grande do Norte e chegou ao Supremo em 2007.  

Mesmo que não se saiba muito sobre o caso, a não ser que se trata de investigação sobre “corrupção passiva”, sabe-se também que houve algumas movimentações no âmbito da Polícia Federal.  

Lembre-se também que se reporta a um período em que Alexandre Magno de Sousa, braço direito de Rogério, foi condenado por falsificar documentos quando de uma cessão ao estado, a fim de ganhar mais que devia.

O segundo inquérito chegou ao STF em 2010 e, em virtude de constarem diversos ofícios com solicitações de informações à Câmara Municipal de Natal – e até de Manaus, podemos supor que se trata de alguma investigação relacionada à gestão de Rogério Marinho (PSDB) no tempo em que este era presidente da Câmara, teve origem no Tribunal de Contas Estadual e diz respeito à prestação de contas.
O último inquérito é mais recente: subiu à Corte em dezembro de 2011.  O site do STF identifica como origem a Justiça Federal.  Esse inquérito tem um corréu, identificado pelas iniciais F. das C. de S. R.  Evidentemente se trata de alguém de nome Francisco das Chagas, mas confesso que não consigo identificar o personagem.
A investigação diz respeito a crimes contra a ordem tributária e falsidade ideológica. 
Pergunto-me se essa investigação não poderia ser decorrência da Operação Pecado Capital – que corre no âmbito da Justiça Federal e que investigou, também, os contratos da empresa FF Empreendimentos, de Aécio Fernandes (réu na Pecado Capital) com a Câmara Municipal – ou da Operação Sinal Fechado.  Investigando a Sinal Fechado, deflagrada em novembro de 2011, o blog descobriu que, na semana das eleições de 2010, o PSDB, partido que tem como presidente estadual o deputado Rogério Marinho, efetuou um pagamento no valor de R$ 100 mil a George Olímpio, líder da organização.  Na semana seguinte à eleição, pelo menos metade do dinheiro foi repassado para João Faustino, que realizou depósitos em dinheiro vivo na conta do escritório do advogado Alexandre de Morais e na sua própria conta, conforme comprovam documentos apreendidos pelo Ministério Público.  Os fatos, caso sejam investigados, combinam com as acusações de falsidade ideológica e crime contra a ordem tributária.  Mas tudo aqui fica no campo da suposição e da hipótese.

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