O período úmido na bacia do rio São Francisco já pode ser sentido melhor nestes primeiros dias de novembro. Quem garante é a equipe técnica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o assunto foi pauta durante a reunião promovida semanalmente pela Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília (DF), e transmitida por videoconferência para os estados da Bacia.
Durante a reunião, a informação passada pelo núcleo responsável pela prevenção e gerenciamento da atuação governamental perante eventuais desastres naturais ocorridos em território brasileiro, a previsão para os próximos sete dias na Bacia do chamado rio da integração nacional é de, pelo menos, 40 milímetros (mm) de precipitação na região do Alto São Francisco.
Em municípios como Pirapora (MG) e Barreiras (BA), as chuvas já ultrapassaram os 100 mm em apenas 3 dias. Esse acúmulo de água deve ajudar a diminuir os efeitos da crise hídrica no Vale do São Francisco, onde o Lago de Sobradinho está com apenas 3% da sua capacidade.
A notícia está sendo aguardada com ansiedade. De acordo com alguns dos projetos irrigados localizados na Bacia e que participa da reunião, a baixa vazão do Velho Chico está impedido a irrigação, além de outras atividades que são diretamente prejudicadas pela escassez hídrica registrada desde 2013.
O superintendente da ANA, Joaquim Gondim, explicou que apesar da boa notícia, os órgãos reguladores vão manter a defluência de 550 metros cúbicos por segundo (m³/s) no reservatório de Sobradinho (BA). “Ainda esta semana será publicada no Diário Oficial a renovação desse patamar de vazão até abril, conforme havia sido acertado antes”, confirmou Gondim.
As videoconferências que avaliam as condições hidrológicas da Bacia do São Francisco atendem a uma solicitação apresentada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), são realizadas semanalmente.
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