terça-feira, 28 de agosto de 2018

ARTE E CULTURA >> História do Brasil é contada por meio de música e literatura em Natal

E se Carolina, a “moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo, encontrasse a Gabriela de Jorge Amado? Os mais de 100 anos que separam as duas obras serão encurtados pelo espetáculo “O Tempo Não Para”, montado pelo Complexo Educacional Contemporâneo e com apresentação no dia 30 de agosto, às 19h, no Teatro Riachuelo, em Natal. São 600 pessoas em cena, dando vida a 17 décadas de história sob a perspectiva da literatura nacional.


Machado de Assis, Castro Alves, Aluísio Azevedo e Euclides da Cunha completam o grupo de autores cujos escritos serviram de base para descrever o Brasil do século XIX no espetáculo. Já os fatos e comportamentos posteriores a 1900 ficaram por conta de narrativas de nomes igualmente conhecidos das letras tupiniquins, como Ariano Suassuna, Clarice Lispector, Érico Verissimo, Pedro Bandeira e Leonardo Boff.

A frase eternizada pela música de Cazuza é quem faz o elo entre todas as obras, com base na ideia de que o tempo avança muitas vezes sem ser visto ou vivido, mas a literatura se encarregou de registrar o que pode ter-se perdido ao longo dele. Os livros foram musicalizados e se entrelaçam no palco, permitindo um verdadeiro passeio pela história nacional, de 1850 a 2010, a partir de um espetáculo que enche os olhos da plateia.

“O Tempo Não Para” corresponde à edição 2018 do projeto Fest Show, desenvolvido pela escola há mais de 20 anos. Os 600 estudantes e profissionais envolvidos participaram das pesquisas prévias e vão expressar-se em cena por meio do teatro, da música e da dança. A direção artística é de Kako D’Ravena e a cenografia conta com recursos high-tech e projeção mapeada.

A professora Irany Xavier de Andrade, à frente do espetáculo, explica que “O Tempo Não Para” é oportunidade para conhecer mais sobre história e literatura.

“O público vai poder compreender episódios marcantes das décadas encenadas por meio da visão de cada autor, aprendendo sobre fatos marcantes e, claro, sobre as próprias obras”, conta ela a respeito da produção do Contemporâneo, cujos ingressos estão sendo vendidos na bilheteria do Teatro.

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