Serra das Caatingueiras resguarda cerca de 21,6 mil hectares de Caatinga - Foto: Divulgação / Semas
A criação de duas novas Unidades de Conservação (UCs) de Caatinga foi aprovada, por unanimidade, em reunião extraordinária ocorrida nesta sexta-feira (23) pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema). Com a implantação do Refúgio de Vida Silvestre Serra das Caatingueiras, entre as cidades de Salgueiro e Cabrobó, e Refúgio de Vida Silvestre Serra do Giz, entre Afogados da Ingazeira e Carnaíba, sobe para 82 o número de áreas legalmente protegidas no Estado, sendo 33 na categoria de Refúgio de Vida Silvestre.
Esse tipo de classificação de UC tem a intenção de assegurar a conservação da biodiversidade local, garantindo condições para a existência da fauna e flora endêmicas. A iniciativa foi coordenada pela gestão estadual, por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semas) e Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH)
Somadas, ambas as Unidades de Conservação somam uma proteção de quase 30 mil hectares de Caatinga no Sertão pernambucano. Só no RVS Serra das Caatingueiras, os cerca de 21,6 mil hectares abrigam uma vasta riqueza ambiental. Lá foram identificadas 423 espécies vegetais, sendo 35 endêmicas, como, por exemplo, o cascudo, espécie ameaçada de extinção.
Em relação à fauna, foram encontradas 39 espécies de mamíferos, sendo seis ameaçadas, além de 202 espécies de aves e 42 de borboletas. O levantamento contou com o Centro de Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) e Núcleo de ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema), ambos da Univasf com apoio do Ministério da Integração.
O RVS Serra do Giz, com 310,2 hectares no Sertão do Pajeú, também resguarda espécies da fauna e flora específicas da Caatinga e que estão em perigo de extinção. Foram identificadas no território cerca de 66 espécies vegetais, uma delas a aroeira do sertão, bastante ameaçada.
E, das 116 espécies de animais que fazem parte da região, destaque para o gato do mato, também na lista de espécies que correm o risco de desaparecer da natureza. Os estudos para a criação da Serra do Giz contou com o apoio do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan).
No placar das UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: Pernambuco 82 x 23 Rio Grande do Norte
Fonte: https://www.folhape.com.br/
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