quinta-feira, 22 de agosto de 2019

REVITALIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO >> Antiga loja “A Samaritana” na Ribeira pode virar “Museu da Água”

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Há mais de 30 anos abandonado, o edifício esteve interditado pela Defesa Civil por vários anos, e atualmente tem suas estruturas danificadas  

Construído em 1916, a edificação serviu para o funcionamento da loja de tecidos “A Samaritana”  

O bairro da Ribeira, mais antigo da cidade do Natal, passa por um momento de esquecimento de órgãos públicos e privados. Se tornou rotineiro empreendimentos do local fecharem as portas em busca de outro destino, tornando cada vez mais abandonado, o que já foi anteriormente o reduto do comércio natalense.
Em busca de dar vida a um dos prédios do bairro, o presidente do Sindicato da Indústria de Reciclagem e Descartáveis do RN (Sindrecicla) e diretor da empresa de águas Santa Maria, Roberto Serquiz, resolveu investir na revitalização do edifício da antiga loja de tecidos “A Samaritana”, prédio que está há mais de 30 anos inativo, e era pertencente ao seu avô.
De acordo com Roberto Serquiz, o investimento no local não é voltado apenas para o lado financeiro. Para ele, o foco principal da obra é reanimar e preservar o ambiente histórico, como uma forma de dar mais vida ao ambiente do bairro.
“Meu foco principal é preservar. Era um prédio do meu avô, meu falecido pai estava tomando conta e eu resolvi assumir. Quero revitalizar para reviver o ambiente”, contou.
Segundo Roberto, o projeto ainda está em fase “embrionária” e ele ainda não pode dar uma previsão do que realmente será no local. Há, todavia, a possibilidade de que ele passe a funcionar como um Museu da Água Santa Maria, além de ser utilizado como um ambiente de convivência e de espaço para trabalhadores com passado histórico no bairro.
“Tudo depende de como a estrutura estará após as avaliações técnicas. Temos um engenheiro, uma arquiteta e um advogado acompanhado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que estão avaliando. Temos diversas ideias e uma delas é o museu na parte da frente, além de um espaço para convivência e para comerciantes locais poderem ter um ambiente melhor de trabalho, mas tudo ainda é uma ideia”, explicou.
Construído em 1916, na Rua Doutor Barata, a edificação serviu para o funcionamento da loja de tecidos “A Samaritana”. O prédio chegou a funcionar de outras formas como uma unidade das Lojas Paulistas e também como o Café Teatro Frenesi. Há mais de 30 anos abandonado, o edifício esteve interditado pela Defesa Civil por vários anos, e atualmente tem suas estruturas danificadas, com, até mesmo, o surgimento de árvores em seu teto e em seu interior.

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