O cerrado vem em seguida com 30,7% dos focos registrados no ano. Em números absolutos, Mato Grosso é o estado líder com 13.109 focos de queimada, seguido pelo Pará, com 7.975. Corumbá (MS) é o município campeão em focos: 1.911
Controle usa recursos do Fundo Amazônia
O gerente do Programa Amazônia do WWF Brasil, Ricardo Mello, afirma que, no caso da região amazônica, por exemplo, não há um processo natural que provoca queimadas, como o calor que atinge o cerrado. "Todo fogo [na região amazônica] é de alguma forma iniciado pelo ser humano. Então esse aumento é diretamente causado pela ação do homem", afirma.
No começo do mês, o governo do Amazonas decretou situação de emergência em razão de queimadas. Segundo Mello, na Amazônia historicamente o uso de fogo tem como principal causa o processo de desmatamento. "Depois de desmatar, coloca-se fogo na área.
Boa parte do desmatamento que cresceu e vem sendo notícia está se revertendo agora nessas queimadas", diz. A diretora de ciência do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) Ane Alencar tem a mesma opinião. Para ela, o aumento de queimadas só pode ser explicado pela alta no desmatamento, já que não houve qualquer evento climático extremo que justifique essa situação.
O Inpe, que levanta os dados de queimadas, foi alvo de críticas recentes do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ele acusou o órgão de estar a serviço de algumas ONGs ao divulgar dados que apontaram aumento do desmatamento na Amazônia. O caso resultou na saída do diretor do Inpe, Ricardo Galvão
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