terça-feira, 20 de agosto de 2019

Número de queimadas cresce 70% e é o maior desde 2013



Resultado de imagem para queimadas crescem no brasilO número de focos de queimadas cresceu 70% este ano (até o dia 18 de agosto) na comparação com o mesmo período de 2018. Ao todo, o Brasil registrou 66,9 mil pontos, segundo a medição do Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os dados apontam que as queimadas atingiram maior índice desde 2013 primeiro ano em que há dados informados de período similar. Segundo os números do Inpe, o bioma mais afetado é o da Amazônia, com 51,9% dos casos. 

O cerrado vem em seguida com 30,7% dos focos registrados no ano. Em números absolutos, Mato Grosso é o estado líder com 13.109 focos de queimada, seguido pelo Pará, com 7.975. Corumbá (MS) é o município campeão em focos: 1.911

Controle usa recursos do Fundo Amazônia

O gerente do Programa Amazônia do WWF Brasil, Ricardo Mello, afirma que, no caso da região amazônica, por exemplo, não há um processo natural que provoca queimadas, como o calor que atinge o cerrado. "Todo fogo [na região amazônica] é de alguma forma iniciado pelo ser humano. Então esse aumento é diretamente causado pela ação do homem", afirma. 

No começo do mês, o governo do Amazonas decretou situação de emergência em razão de queimadas. Segundo Mello, na Amazônia historicamente o uso de fogo tem como principal causa o processo de desmatamento. "Depois de desmatar, coloca-se fogo na área. 

Boa parte do desmatamento que cresceu e vem sendo notícia está se revertendo agora nessas queimadas", diz. A diretora de ciência do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) Ane Alencar tem a mesma opinião. Para ela, o aumento de queimadas só pode ser explicado pela alta no desmatamento, já que não houve qualquer evento climático extremo que justifique essa situação.

O Inpe, que levanta os dados de queimadas, foi alvo de críticas recentes do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ele acusou o órgão de estar a serviço de algumas ONGs ao divulgar dados que apontaram aumento do desmatamento na Amazônia. O caso resultou na saída do diretor do Inpe, Ricardo Galvão

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