Em nome da graça, blocos investem em denominações ousadas
Os nomes são motivos a mais para a alegria das multidões no Carnaval
Bloco ou banda de Carnaval que se preze tem que ter nome engraçado. Seguindo essa receita, vários grupos caem na boca e na graça do povo. Esse é o caso dos grupos de BH “Trema na Lingüiça”, “Mamá na Vaca”, “Cacete de Agulha”, “Unidas dos Grandes Lábios” e, um dos mais antigos da cidade, a “Banda Mole”. Ainda em Minas Gerais há o “Bafo” - ou “Bandalheira Folclórica Ouropretana”-, a “Banda Fogosas do Sapo Seco”, em Diamantina, e o bloco “Uzomidoido” em Sabará.
O Cacete de Agulha acaba de ser criado. “O nome vem de um vídeo que vimos no You Tube: um cara ia doar sangue e se assustou com a agulha”, diz Eduardo Garcia, o pai da ideia. Comentando sobre o bloco com a amiga Marcela Bueno, ele acabou dando mote ao surgimento de outra organização carnavalesca de rua: o “Unidas dos Grandes Lábios”. Depois do aquecimento, juntinhos, domingo passado, ambos os blocos voltam a se encontrar no próximo domingo, a partir da Rua Manaus, esquina com Avenida do Contorno.
O “Unidas” queria um lugar de destaque para as mulheres, lugar que não fosse somente de “enfeite de carnaval”. Mais antigo, o “Mamá na Vaca” há tempos estabeleceu suas baterias. “Saímos da Praça Cairo, no Bairro Santo Antônio, e seguimos até a vaquinha que fica na Rua Leopoldina; daí o nome”, explica Juliana Borges, uma das organizadoras.
A reprodução da velha vaca é feita em material sintético e, a cada Carnaval, recebe uma pintura diferente, feita por um artista plástico.
A “Banda Mole”, um dos mais antigos blocos de rua na cidade, também tem uma historinha pitoresca para o nome. Um de seus diretores, Helvécio Gaiola Trota lembra que, há 36 anos, o grupo de fundadores costumava se reunir em um bar em BH. “Tínhamos um amigo, o Cacá Moreno, que chegava dando um tapa na bunda da gente e dizendo ‘seu bunda mole”. Assim, “Bunda mole” evoluiu para “Banda Mole”, nome do tradicional grupo que sai no último domingo antes do Carnaval pela Avenida Afonso Pena.
Fora da capital, especialmente nas cidades históricas, os nomes curiosos também pipocam. Em Sabará, o “Uzomidoido”há 20 anos sobe e desce as ladeiras sabarenses, e se orgulha da “loucura inteligente”, conforme ressalta o presidente João Starling. O bloco saía nos meses que não eram do Carnaval e, para fazer isso, só sendo “muito doido”. Para mascote, o escolhido foi o cientista Albert Einstein.
A “Banda Fogosas do Sapo Sêco”, em Diamantina, vem de um grupo de folguedos mascarados da família de Elias Sapo Sêcco, tradicional na cidade. O grupo tinha à frente um estandarte com os dizeres que hoje o nomeiam.
Em Ouro Preto, no “BaFO”, ou seja, na Bandalheira Folclórica Ouro-Pretana, os participantes saem com um penico esmaltado na cabeça, marcando o ritmo forte da marcha militar – uma verdadeira “bandalheira”.
NOTA DO BLOG: O nosso Blog estará fazendo um registro especial do carnaval dos blocos de rua que está voltando com toda força e que também é garantia de muita alegria e irreverência trazida por esses blocos para todos os foliões e que é resgate da nossa tradição carnavalesca.
Não esquecendo que já a partir do sábado a tarde, teremos o irrevetente Bloco dos Cangatis que estará abrindo o carnaval de rua com muita alegria.
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