por Equipe Na Boca do Mundo
Práticos e cada vez mais baratos, os torpedos (SMS) registraram crescimento significativo nas operadoras de telefonia móvel no ano passado em comparação com 2010. Impulsionadas pelo aumento de aparelhos, pela maior oferta de planos ilimitados e pela facilidade do uso, as mensagens via celular ganham mais adeptos em todo o País.
A Claro fechou 2011 com uma alta de 244%. O diretor regional São Paulo da Claro, Albino Serra, aponta pelo menos três fatores que contribuíram para o resultado. O primeiro é a evolução da tecnologia, com aparelhos de fácil utilização e digitação. Também há mais usuários. O ano de 2011 terminou com 242,2 milhões de acessos na telefonia móvel, um crescimento de 19,36% em relação aos 202,9 milhões em 2010.
Além disso, as operadoras aumentaram as promoções para envio ilimitado de SMS. O cliente do plano pré-pago chega a pagar R$ 0,50 por dia para enviar quantos torpedos quiser. Uma das apostas da Vivo foi o Vivo On. Ao se cadastrar na promoção, o cliente ganha bônus ou SMS ilimitado de acordo com o valor de recarga.
O produto ajudou a impulsionar o resultado da Vivo, que não ficou para trás e registrou uma alta de 250% no envio de mensagens. Na avaliação do diretor de produtos e serviços da Vivo, Fabio Freitas, ainda existe muito espaço para o crescimento do serviço no Brasil. “Ocorreu uma popularização dos aparelhos que facilitam a digitação e envio de SMS. Do ponto de vista social e educacional, cada vez mais pessoas têm acesso aos aparelhos e ao serviço”, afirma Freitas.
Na Oi, o volume de torpedos foi 2,6 vezes maior no ano passado em relação a 2010. O Estado de São Paulo registrou um crescimento um pouco menor, mas dobrou o registro de um ano para o outro. Em dezembro, mês de lançamento do pacote de torpedos para o plano pré-pago, a operadora contabilizou 1,3 bilhão de mensagens de texto enviadas em todo o Brasil. A TIM divulga seu balanço hoje.Acessível
Além dos fatores citados, o professor do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Aurelio Roverso Abrão, afirma que a utilização do serviço também cresce entre as empresas. São instituições de cobrança, operadoras de cartão de crédito e empresas em geral, que usam o serviço para comunicação com funcionários e clientes. “Hoje, todo mundo tem celular. E o serviço de mensagens está presente em todos os aparelhos independentemente de ter ou não acesso à internet”, destaca o professor do Instituto.
Os torpedos também facilitam a vida dos usuários. “Você manda uma mensagem quando a pessoa não pode receber uma chamada. Ela pode estar em uma reunião, no trabalho, na faculdade e não pode ser incomodada com uma ligação. Já a mensagem não atrapalha o ambiente que ela está”, destaca o professor da Fiap, Almir Meira Alves.
“O recado é dado mesmo que não consiga falar com a pessoa. É um recurso de comunicação que cada vez mais se mostra prático e útil”, completa Abrão.
A produtora de eventos da agência Simgroup, Iara Souza, de 33 anos, é adepta das mensagens. São 30 a 50 torpedos enviados diariamente. A primeira vantagem é o custo, de R$ 0,50 por dia para mandar quantos SMS ela quiser.
Cliente de um plano controle, Iara tem R$ 32 para gastar como desejar, sendo que 50% do valor são destinados para o envio de mensagens. “Se estou em reunião ou no trânsito já tenho mensagens programadas para avisar. O meu aparelho também é fácil e rápido para enviar mensagens”, diz Iara, que é dona de um iPhone.
O analista de Telecom da consultoria IDC, João Paulo Bruder, lembra que até pouco tempo atrás o SMS era caro e as pessoas usavam de forma moderada. Hoje, segundo ele, as operadoras permitem o envio de um número de mensagens sem custo. “Se você recarrega um determinado valor, ganha uma quantidade de mensagens para enviar”, diz.
O professor Ricardo Abrão também concorda que o custo é um dos pontos positivos do SMS. “Se a pessoa está com pouco crédito, manda um SMS que é mais barato. Ainda mais considerando que a maioria dos celulares do País tem planos pré-pagos”, lembra.
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), dos 242,2 milhões de linhas, 81,8% são pré-pagas e apenas 18,9% têm acessos pós-pagos.
Fonte:Estadão
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