Nos últimos dois anos, houve redução de 77% nos casos graves da doença e 57% nos óbitos
Para intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle da
dengue, o Ministério da Saúde (MS) está repassando R$ 173,2 milhões a
todos os municípios brasileiros - sendo que R$ 29,7 milhões serão para
as secretarias estaduais de saúde. O adicional, em parcela única,
representa um subsídio de 20% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e
Promoção da Saúde. Os recursos são para qualificação das ações de
combate ao mosquito transmissor da doença (Aedes aegypti), o que inclui o
aprimoramento dos planos de contingência, e beneficiará 190 milhões de
pessoas. No verão passado, o ministério repassou R$ 92 milhões para
1.180 municípios.
Em contrapartida, os municípios precisam cumprir algumas metas, como
disponibilizar quantitativo adequado de agentes de controle de endemias;
garantir cobertura das visitas domiciliares pelos agentes; adotar
mecanismos para a melhoria do trabalho de campo; realizar o LIRAa
(Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti) com ampla
divulgação nos veículos de comunicação locais; notificar os casos graves
suspeitos de dengue, entre outras ações.
Casos - O Brasil registrou 77% de redução nos casos graves de dengue no período comparativo entre janeiro a dezembro 2010 e janeiro a dezembro de 2012. No ano passado, até 22 de dezembro, foram registrados 3.965 casos graves em todo o país, contra 17.475 no mesmo período de 2010.
Seguindo a mesma tendência, o número de mortes por dengue também
apresentou queda, de 57% em comparação com 2010. De janeiro até 22 de
dezembro de 2012 foram confirmados 283 óbitos, sendo que no mesmo
período de 2010 foram 656. Se a comparação for feita com 2011, quando
ocorreram 484 mortes, o percentual de queda é de 42%.
Chuvas - O aumento
das chuvas e o calor contínuo no verão, em diferentes estados, favorecem
a proliferação do Aedes aegypti. “A prevenção precisa ser mantida,
mesmo com a redução nos casos graves de dengue”, afirma o ministro da
Saúde, Alexandre Padilha.
O secretário de Vigilância em Saúde, do MS, Jarbas Barbosa, lembra
que no período de dezembro a maio, a população deve redobrar os cuidados
com suas casas, verificando o adequado armazenamento de água, o
acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso
que possam virar criadouros do mosquito.
Fonte: secom.gov.br
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