terça-feira, 27 de agosto de 2013

Final de ano deve ter vendas 4% mais altas e seis mil vagas temporárias no RN

Números devem ficar bem abaixo dos que foram registrados em 2012, segundo projeções da Fecomércio e da CNC.

A Confederação Nacional do Comércio (CNC), divulgou nesta segunda-feira (26) uma projeção para o incremento de vendas do varejo brasileiro e para a criação de vagas temporárias no Natal deste ano. Segundo a entidade, o volume de vendas deverá crescer aproximadamente 4,5%. Apesar da expectativa de alta, o aumento do faturamento será menor do que os 8,1% apurados no mesmo período do ano passado.

Ainda de acordo com a CNC, a desaceleração das vendas deverá refletir também na criação de postos de trabalho temporários. As vagas voltadas para o período natalino, que em 2012 cresceram 3,1%, este ano deverão avançar menos (+1,8%) com a geração de 122,9 mil empregos sazonais em todo o Brasil.

Com base nos números, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte projetou os dados estimados para o estado. De acordo com o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, a estimativa de crescimento para as vendas potiguares é de 4% em dezembro, pouco mais da metade dos 7,5% de incremento registrados em 2012, sobre 2011. 
Na esteira desta retração, o volume de postos temporários também deve ter um crescimento bem menor. Enquanto no ano passado foram registrados 5,9 mil vagas sazonais, de setembro a novembro (quase 10% a mais que em 2011), este ano, a expectativa é de algo em torno de 6 mil vagas (incremento de apenas 1,5%).

Motivos
Ainda de acordo com o presidente Marcelo Queiroz, vários pontos concorrem para esta expectativa de desaceleração. “Os indicadores para este segundo semestre não são bons. O emprego está crescendo menos, o endividamento e a inadimplência estão oscilando entre estáveis e em alta e, com a disparada do dólar, projeta-se uma inflação para o varejo agora no final do ano na casa dos 7,5%. É uma combinação explosiva. Preços em alta, maior endividamento e menos emprego. Este cenário não aponta para outro lugar que não para vendas menores”, diz Queiroz.

A temporada de contratações, que no varejo se inicia em setembro e se estende até o mês de novembro, normalmente, responde por 40% das vagas abertas ao longo do ano, em média. A expectativa é de que um em cada oito trabalhadores contratados em regime temporário seja definitivamente absorvido ao contingente de empregados do varejo após as vendas de final de ano.

Setores
Dos principais ramos do varejo, o vestuário é usualmente o mais impactado pela demanda sazonal de final de ano. No RN, com previsão de abertura de 3,3 mil vagas, esse segmento deverá, novamente, se destacar respondendo por 55% do total de postos criados no Varejo. Em seguida, devem vir os segmentos de Hiper e Supermercados com 1,3 mil postos (ou cerca de 22% do total), e de Móveis e Eletrodomésticos com 600 empregos (ou 9,8% do total).

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