Profissionais percorrem escolas da rede pública em busca de casos de Tracoma
Com foco nos alunos de escolas públicas
de ensino fundamental do Rio Grande do Norte, o Programa Estadual de
Controle do Tracoma tem realizado um trabalho de importante impacto
social dentro da Campanha Nacional do Tracoma, doença dos olhos, causada
pela bactéria Chlamydia tracomatis, que ocorre principalmente em
crianças.
Iniciada no mês de julho, a campanha tem o objetivo de eliminar o
tracoma como causa de cegueira. Ao seu término, no próximo dia 11, terão
sido percorridos dez municípios do Estado, incluindo a capital. Números
parciais mostram que até o dia 30 de agosto foram examinadas 12.053
pessoas e detectados 279 casos da doença, tendo todos sido tratados.
A sanitarista Cristina Amador, uma das técnicas responsáveis pelo
Programa, explica que o foco da campanha são os alunos, mas todos que
pertencem à escola também participam das ações. "Professores e
funcionários das escolas também entram na campanha e familiares de
alunos diagnosticados também precisam ser examinados", informa.
A oftalmologista do Programa, Marília Furtado, acompanha todas as
ações e realiza o exame clínico para detecção do tracoma. "Uma vez
diagnosticado o tracoma pelo exame clínico, o tratamento é feito com
medicação via oral e o paciente passa ainda por duas consultas de
controle, com intervalos de seis meses, até que receba alta clínica ou,
se necessário, seja encaminhado para exames mais específicos", explica.
A equipe é composta por técnicos da Sesap - das Unidades Regionais de
Saúde e Secretarias Municipais de Saúde -, todos certificados no
Tracoma pelo Ministério da Saúde e com trabalhos aprovados em congressos
da área. No período de 13 a 17 de outubro, a equipe da Sesap
participará de um treinamento, em São José dos Campos/SP, para formar
monitores (profissionais de saúde) na triquíase tracomatosa, uma forma
clínica sequelar do tracoma. Para realizar as visitas, a equipe dispõe
de todo o material necessário (balança, álcool em gel, medicação, etc).
TRATAMENTO
O tratamento é fácil e se não for realizado pode prejudicar a visão.
Os principais sintomas são: olhos vermelhos e irritados, lacrimejantes e
com secreção, coçando com sensação de areia e intolerância à luz.
A transmissão acontece por meio da secreção dos olhos com tracoma, de
uma pessoa para outra, principalmente em ambientes coletivos como
escolas e creches, através de objetos contaminados (lápis, borracha,
caneta, roupas de cama, lenços, toalhas de rosto e de banho).
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