No primeiro semestre, após três anos e meio de intensas batalhas, a
sociedade organizada fez aprovar o Plano Nacional de Educação com
previsão de investimento de 10% do PIB na educação. Resta, a partir de
agora, lutar pela implementação desse significativo percentual, fazendo
com que os recursos sejam canalizados para as escolas e universidades
públicas por meio da vinculação de novas verbas (do petróleo e de
impostos e contribuições sociais ainda não carimbadas, ou até então
vinculadas em patamares insuficientes) e da instituição do Custo Aluno
Qualidade que sirva de referência para a promoção de outro estágio de
qualidade educacional.
Na esfera econômica, o baixo crescimento do PIB, ao contrário do que
ocorre na maior parte do planeta, não gerou desemprego e nem comprometeu
a renda dos trabalhadores brasileiros que continuaram obtendo
crescimento salarial acima da inflação.
No campo político, o país rejeitou novamente o modelo neoliberal -
que sucateou o país na década de 1990 - e reelegeu o governo popular, do
qual se espera mais mudanças rumo à inclusão social e à melhoria de
vida para toda população, especialmente através do fortalecimento das
políticas públicas essenciais como educação, saúde, transporte, moradia,
segurança, entre outras.
Neste momento em que a oposição ao governo Dilma tenta a todo custo
desestabilizar a democracia nacional - abrindo possibilidades de golpes
em diversas frentes, inclusive no judiciário -, a CNTE mantém seu
compromisso de luta pela democracia com participação popular, o que
importa dizer que estaremos preparados para qualquer batalha com o
objetivo de manter fielmente o resultado das urnas.
Por outro lado, os trabalhadores em educação do país exigem dos
órgãos de controle do Estado o compromisso com a apuração de todas as
denúncias de desvios de dinheiro público em benefício de quem quer que
seja - sem seletividades. As falcatruas na vida pública e nas empresas
privadas, infelizmente, são heranças antigas reforçadas pelo modelo
patrimonialista que as elites do passado e do presente estruturaram em
benefício próprio. E um dos pilares dessa bandalheira é o sistema de
financiamento privado das campanhas eleitorais, que deve ser abolido
imediatamente.
Festejemos as vitórias de 2014, com o compromisso de construir um Ano Novo ainda mais promissor e de luta.
Fonte: CNTE
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