O juiz golpista Sérgio Moro marcou o depoimento do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, para o dia 13 de setembro. O depoimento refere-se a uma acusação, absurda, envolvendo um sítio em Atibaia (SP), que nem mesmo pertence ao ex-presidente. No mesmo dia também se inicia o julgamento em segunda instância de uma ação contra José Dirceu, no TRF-4.
É sem dúvida um dia de ataque dos golpistas contra o movimento operário e os direitos democráticos da população.Não podemos deixar que se repita com Lula a mesma arbitrariedade com que Moro condenou outros dirigentes do PT, como Zé Dirceu e Delúbio Soares.
É de extrema importância que os professores se oponham ao avanço do Golpe de Estado, que coloca em risco toda a liberdade individual e organização política da classe trabalhadora. Sua prisão representa o avanço do golpe de estado que está destruindo a economia nacional e conquistas de décadas de lutas dos trabalhadores.
Querem impor novas condenações e prender Lula, para criar condições para acabar com as aposentadorias (“reforma” da Previdência) e colocar em prática a famigerada “reforma” trabalhista, a partir de novembro, com aumento da terceirização, aumentos das jornadas de trabalho, parcelamento das férias etc. Querem avançar também na destruição do ensino público e na imposição do regime de terror e ditadura nas escolas por meio da “escola sem partido” e outras medidas de exceção.
Opor-se à prisão de Lula é tarefa fundamental de todo o ativismo consciente do movimento de luta dos educadores, de toda a militância de esquerda e de todos os trabalhadores. Se a direita prender Lula sem nenhuma prova, ela irá avançar no sentido da destruição por completo toda a organização dos trabalhadores.
É preciso agir contra o inimigo antes que esse chegue até nós. Agora é Lula, amanhã são os professores com a política da “Escola sem Partido”, e de todas as demais organizações. Achar que a monstruosidade do Judiciário irá acabar depois da prisão de Lula é desconsiderar a natureza fascista do golpe de Estado.
É necessário um amplo movimento contra a condenação e a perseguição ao ex-presidente Lula, que é uma das questões mais fundamentais da luta contra o golpe de Estado. As organizações operárias e populares (CUT, MST, etc.) já decidiram acertadamente em realizar um grande ato político em Curitiba, no dia do depoimento, para impedir a prisão de Lula, na lei ou na marra.
É preciso multiplicar as caravanas que estão sendo organizadas em todos os estados. Os sindicatos dos trabalhadores da Educação e a CNTE devem tomar a dianteira desta mobilização junto com a CUT, o PCO e todas as organizações de luta contra o golpe.
Todos juntos para impedir a prisão de Lula. Abaixo o golpe de Estado. Fora todos os golpistas.
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