Quando você se sentar à mesa para as refeições, lembre-se de que o presidente Michel Temer e a bancada ruralista estão em vias de aprovar no Congresso o “pacote veneno”.
Trata-se de um conjunto de 17 projetos de lei, todos apensados ao PL 6.299/2002, do senador e Ministro da Agricultura Blairo Maggi, que libera o uso de uma quantidade enorme de agrotóxicos para uso na agricultura, entre eles o glifosato. A liberação dos agrotóxicos pode ser uma forma de comprar os votos da bancada ruralista para a permanência de Temer no poder.
O ministro Blairo Maggi teria chamado o sindicato das indústrias de agroquímicos para auxiliar na elaboração de uma Medida Provisória que contemple todos os assuntos do “pacote veneno”, para liberação dos agrotóxicos.
O governo quer também mexer nos rótulos de embalagens para retirar a obrigatoriedade de publicar informações ao consumidor de certas substâncias nos alimentos. Quer substituir a palavra “agrotóxico” por “fitossanitários”, além de criar a Comissão Técnica Nacional de Fitossanitários (CTNFito), no âmbito do Ministério da Agricultura e excluir o IBAMA e a ANVISA do processo de aprovação de novos agroquímicos.
O Brasil, como um dos maiores produtores de alimentos do mundo, corre risco de tornar-se o maior destino de agrotóxicos banidos em países europeus como a França.
O glifosato, cujo uso na agricultura é motivo de conflito internacional entre organismos internacionais de proteção à saúde e produtores, é um agrotóxico que, segundo pesquisas acadêmicas recentes, pode provocar Parkinson, Alzheimer, anencefalia, câncer e doenças degenerativas do sistema nervoso.
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