O bibliotecário Andrelino da Silva (popularmente conhecido como poeta Lino Sapo), do Câmpus VIII da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Câmpus de Araruna, ministrou, na última quinta-feira (6), uma oficina de cordel para professores do ensino fundamental da cidade de Lajes do Cabugí, no Rio Grande do Norte (RN). A atividade buscou capacitar os docentes para que possam melhor trabalhar o cordel em sala de aula e assim incentivar os alunos a lerem e escreverem seus cordéis para apresentação como produção escolar na Feira Literária de Lajes do Cabugí (5º FLILAJES), que acontecer´s no mês de novembro de 2019.
A ideia também é de que os trabalhos em cordel componham o acervo das “cordeltecas” que estão sendo montadas nas escolas do município. Na oficina, o Lino Sapo abordou questões que envolvem a literatura de cordel desde o seu surgimento, como a sua estrutura com métrica, rima e oração. Também falou sobre o aspecto da declamação, dando dicas de como escolher o poema e como declamar, bem como explicou sobre todo o processo de editoração de um livro ou cordel, da confecção ao registro de ISBN e o depósito legal na Biblioteca Nacional.
Na oficina foi promovida uma abordagem sobre a importância pedagógica do contato do aluno com essa modalidade de literatura tão comum no Nordeste brasileiro e tão relevante para a cultura popular. Segundo Lino, a poesia mudou sua vida e, por isso, ele idealiza ações que transmitam conhecimento e possam promover mudanças na vida de outras pessoas. “Não quero ser um bibliotecário que só cuida de livros. Quero ser aquele que tanto cuida de livros como ajuda a criá-los, contribuindo para que a literatura nacional a cada dia renasça”, frisou.
Andrelino da Silva é lotado no Centro de Ciência Saúde e Tecnologia (CCTS), no Câmpus de Araruna. Ele é um dos idealizadores do Ciclo de Palestras “Da Universidade para a vida”, que acontece mensalmente no Campus VIII. É membro da Academia de Cordel do Vale do Paraíba (ACVPB) e já vem há algum tempo levando o conhecimento sobre a poesia para além das paredes das bibliotecas.
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