Em uma sala alugada do Jornal do Commercio, na Rua do Ouvidor, centro do Rio, ocorreu há exatos 115 anos a primeira sessão de cinema do Brasil. Para marcar a data, a RioFilme anunciou que vai colocar uma placa indicando o local. "Foi uma iniciativa do belga Henri Paillie, um exibidor itinerante", lembra o pesquisador Hernani Heffner, especialista em restauro de filmes.
Paillie mostrou aos cariocas oito filmetes de cerca de um minuto, com interrupções entre eles. Provavelmente, haviam sido comprados na França e vistos pela Europa, alguns retratando apenas cenas pitorescas do cotidiano. As exibições duraram duas semanas e ficaram restritas aos cariocas mais abastados. "Paillie cobrava ingresso e não era barato. O cinema era para a elite, não para o povão, uma atividade de luxo. Ele era um personagem obscuro. O que se sabe é o que saiu na imprensa à época."
Segundo o livro Palácios e Poeiras: 100 anos de Cinemas no Rio de Janeiro, de Alice Gonzaga, a sessão ocorreu no número 57 da rua da Ouvidor. A numeração mudou nesses 115 anos - não é possível saber ao certo em qual das lojas foi.
Hoje popular, a rua do Ouvidor era sofisticada, a mais importante da então capital do país. Reunia lojas de todos os gêneros, redações de jornais, livrarias e pedestres em suas melhores roupas. Foi a primeira a receber iluminação a gás, em 1860.
O pioneirismo continuou ao abrigar não só a primeira exibição de filme projetado em tela diante de uma plateia - antes só era possível a experiência individual, pelo cinematógrafo inventado por Thomas Edison, em 1888 -, mas também a primeira sala fixa e regular de cinema: o Salão de Novidades Paris, inaugurado em 1897 por Pascoal Segreto, no ano seguinte à sessão celebrada pela placa.
Fonte:Agência Estado
Paillie mostrou aos cariocas oito filmetes de cerca de um minuto, com interrupções entre eles. Provavelmente, haviam sido comprados na França e vistos pela Europa, alguns retratando apenas cenas pitorescas do cotidiano. As exibições duraram duas semanas e ficaram restritas aos cariocas mais abastados. "Paillie cobrava ingresso e não era barato. O cinema era para a elite, não para o povão, uma atividade de luxo. Ele era um personagem obscuro. O que se sabe é o que saiu na imprensa à época."
Segundo o livro Palácios e Poeiras: 100 anos de Cinemas no Rio de Janeiro, de Alice Gonzaga, a sessão ocorreu no número 57 da rua da Ouvidor. A numeração mudou nesses 115 anos - não é possível saber ao certo em qual das lojas foi.
Hoje popular, a rua do Ouvidor era sofisticada, a mais importante da então capital do país. Reunia lojas de todos os gêneros, redações de jornais, livrarias e pedestres em suas melhores roupas. Foi a primeira a receber iluminação a gás, em 1860.
O pioneirismo continuou ao abrigar não só a primeira exibição de filme projetado em tela diante de uma plateia - antes só era possível a experiência individual, pelo cinematógrafo inventado por Thomas Edison, em 1888 -, mas também a primeira sala fixa e regular de cinema: o Salão de Novidades Paris, inaugurado em 1897 por Pascoal Segreto, no ano seguinte à sessão celebrada pela placa.
Fonte:Agência Estado
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