E exaltou o exemplo do Brasil e da América Latina no enfrentamento à crise internacional...
A presidenta Dilma Rousseff foi recebida, ontem, no Fórum Social Mundial com efusão. No Ginásio de Esporte Gigantinho – lotado com 5 mil pessoas – não faltaram as saudações: "Dilma Guerreira da Pátria Brasileira" e "Olê olê olê olê, Dilma, Dilma".
Dilma Rousseff em ato no Fórum Social Mundial
Em sintonia com a plateia, ela foi dura em seu discurso. Criticou o neoliberalismo e o risco que a democracia corre devido à sua crise, principalmente na Europa, onde os países do Velho Continente estão recorrendo a fórmulas falidas para tentar combatê-la.
A presidenta referiu-se explicitamente ao recuo “particularmente cruel” nos direitos trabalhistas e sociais que nos países ricos. Para ela, tais medidas, além da indignação geral, alimentam o autoritarismo e a xenofobia. “A dissonância entre a voz do mercado e a voz das ruas parece aumentar cada vez mais nos países desenvolvidos, colocando em risco não apenas conquistas sociais, mas a própria democracia”, alertou.
O exemplo da América Latina
A presidenta referiu-se explicitamente ao recuo “particularmente cruel” nos direitos trabalhistas e sociais que nos países ricos. Para ela, tais medidas, além da indignação geral, alimentam o autoritarismo e a xenofobia. “A dissonância entre a voz do mercado e a voz das ruas parece aumentar cada vez mais nos países desenvolvidos, colocando em risco não apenas conquistas sociais, mas a própria democracia”, alertou.
O exemplo da América Latina
Dilma Rousseff, por outro lado, exaltou a postura do Brasil e da América Latina ante a crise mundial. Segundo a chefe de governo, o avanço econômico que vivemos é resultado de uma grande luta do povo e do governo, ao contrário do que foi o “milagre econômico”, da ditadura militar.
Para a presidenta, a região tem um papel importante. “Foi capaz de provar que um outro mundo é possível”, disse ela parafraseando o slogan do Fórum.
A presidenta voltou a defender o reconhecimento da Palestina pelas Nações Unidas, como já o fez na abertura da Assembleia Geral da ONU, em setembro do ano passado. E não se furtou a mencionar a importância dos países emergente BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e de sua luta por uma “nova ordem mundial multipolar”. Nessa linha, afirmou que o governo continuará investindo nas relações Sul-Sul, ou seja, com países em desenvolvimento.
Desatando o nó da exclusão social
Tanto Dilma Rousseff quanto os presentes nas arquibancadas evocaram o ex-presidente Lula, que também compareceu ao Fórum quando presidia a nação. Segundo ela, seu antecessor foi o responsável por começar a fazer o Brasil a “desatar o grande nó” da exclusão social. E concluiu:“Foi a esperança que moveu a minha geração. Valeu a pena”.
Foto Roberto Stuckert Filho/PR
Sem comentários:
Enviar um comentário