sábado, 14 de janeiro de 2012

Economia aquecida

Brasil é elogiado em relatório da OIT sobre trabalho e salário

O agravamento da crise internacional fez com que alguns países da América Latina e Caribe crescessem a um ritmo mais lento na segunda metade do ano passado, mas mesmo assim a taxa média de desemprego na região se manterá em 6,8% (a menor desde os anos 90 na região) em 2011 e deverá ser igual este ano. O balanço definitivo do desemprego/2011 deve sair nos próximos dias.

A estimativa está no relatório (anual) "Panorama Laboral 2011" divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) da ONU. Mas, no documento a entidade alerta que o cenário externo é incerto e volátil, o que pode determinar uma alta na taxa este ano. Já quanto ao crescimento econômico, a OIT prevê que o balanço do ano indicará que ele foi, em média, entre 4% e 4,5% em 2011.

A OIT preocupa-se, também, com o fato de os países da União Europeia (UE), na crise, estarem implementando políticas fiscais severas e flexibilização de regras trabalhistas, um risco que a entidade teme que se alastre pelos países aqui do nosso continente. "São políticas que já se aplicaram na América Latina durante outras crises e que levaram a um aprofundamento do déficit de trabalho na região".

Política para o salário mínimo é elogiada

O Brasil é elogiado e apontado como exemplo no relatório nesse sentido. "A experiência de sucesso do Brasil confirma que é possível progredir na direção do trabalho formal, junto com a preservação de equilíbrios macroeconômicos e o vigor do crescimento. O caso deste país também demonstra que melhorar salários e reduzir a pobreza constituem estímulos a investimentos, crescimento e criação de emprego", diz um trecho do relatório.


A OIT destaca a política para o salário mínimo adotada por nosso país, acentuando que entre 2003 e 2010 - os dois governos Lula - seu crescimento médio anual foi de 5,8%, ou quase 60% no acumulado. "O resultado foi um aumento do mínimo acima da expansão real do PIB, o que desencadeou efeitos redistributivos importantes contribuindo para redução dos níveis de pobreza."

O salario mínimo no Brasil responde ao crescimento do PIB, mais a inflação. Até sofreu uma queda em 2011 influenciada pelo crescimento zero de 2009, mas como a própria entidade destaca o que conta é a média dos últimos anos, ou o acumulado, onde estamos disparados na frente.

A realidade é que a maioria dos países mudou o caráter de suas políticas públicas e o papel do Estado - o que mudou sua presença na economia e influenciou a questão do emprego - além de de promover amplas reformas com a retomada da soberania sobre seus recursos naturais, politicas de distribuição de renda e democratização do crédito e da propriedade da terra.


Fonte: Blog do Zé

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