terça-feira, 22 de abril de 2014

Em declínio >> Democratas de Mossoró entram em declínio após chegarem ao topo do poder no Estado

Rosalba tem dificuldades para ter aliadosRosalba tem dificuldades para ter aliadosDo topo à decadência. Assim pode ser resumida a situação do Democratas de Mossoró cujo expoente maior é o grupo chamado de rosalbismo.

Desde a década de 1980, quando se afastou politicamente dos tios, Carlos Augusto Rosado tinha como meta chegar ao Governo do Estado, repetindo o feito do pai, Dix-sept Rosado nos anos 1940.

A partir daí foi feito um projeto político para chegar ao poder passando pela Prefeitura de Mossoró, que iniciou com dificuldades em 1988 por conta da rejeição ao nome de Carlos Augusto que terminou lançando a esposa Rosalba Ciarlini à Prefeitura. Após três passagens bem avaliadas pelo poder tinha chegado a hora de dar o passo adiante ao sonho de chegar ao Governo, mas era preciso paciência.

Primeiro Rosalba conseguiu disputar e vencer para o Senado em 2006. Depois ela iniciou o trabalho para chegar ao Governo do Estado em 2010.

Nunca o rosalbismo teve tanto poder em mãos como a partir de 2011. Estava com a Prefeitura de Mossoró e o Governo do Estado.

Mas nas eleições de 2012 faltava um candidato para a Prefeitura de Mossoró. Enquanto tentavam convencer a prefeita Fafá Rosado a renunciar em favor da vice-prefeita Ruth Ciarlini, Larissa Rosado crescia nas pesquisas e se tornava favorita.

O rosalbismo só decidiu por Cláudia Regina em maio. A situação complicada obrigou o grupo a concentrar esforços em Mossoró. Acabou vencendo a mais conturbada eleição da história mossoroense, mas acabou sofrendo uma série de problemas na Justiça Eleitoral.

Sem o poder nas mãos em Mossoró por causa do afastamento de Cláudia e sem aliados no plano estadual, o Democratas de Mossoró hoje sofre.

O partido não tem um nome competitivo e viável para a eleição suplementar. Insiste na candidatura de Cláudia Regina mesmo sabendo das dificuldades jurídicas.
Cláudia foi lançada sem ter o apoio de um único vereador e já teve o registro de candidatura duas vezes negado.

O Democratas mossoroense já chegou a ter cinco vereadores quando o Legislativo local tinha apenas 13 cadeiras. Hoje tem dois edis. A legenda perdeu um deputado federal, Betinho Rosado, que foi para o PP e corre risco de perder o mandato por infidelidade partidária. A ex-prefeita Fafá Rosado já saiu do partido e o marido dela, o deputado estadual Leonardo Nogueira, diverge do comando partidário em nível municipal.

Maior expoente do demismo local, a governadora Rosalba está com problemas na Justiça Eleitoral e corre sério risco de ficar inelegível até 2020 por causa de irregularidades na campanha de 2012.
O partido está atualmente sem renovação de quadros.

Partido corre risco de sofrer maior derrota em Mossoró
O Democratas de Mossoró está numa encruzilhada na campanha suplementar. Com a situação de Cláudia Regina se aproximando da inviabilidade política o partido está atordoado.

Os nomes que restam não possuem densidade eleitoral e têm contra si a falta de tempo para se massificar junto ao eleitorado.

Outra alternativa seria Rosalba Ciarlini se aproximar de um dos principais grupos que restam na disputa. De um lado o PSB que segue com a candidatura de Larissa Rosado. Do outro o prefeito interino Francisco José Júnior (PSD) . Seja qual dos dois o eleito, será um desastre para o Democratas local.

Para minimizar isso, a alternativa seria buscar uma aliança com um dos grupos. Sandra Rosado é uma adversária histórica e há dificuldades para um entendimento político.

Já Francisco José Júnior é um liderado do vice-governador Robinson Faria (PSD), arqui-inimigo de Rosalba. Ela teria que superar arestas políticas para se encaixar em um desses grupos.

Por Bruno Barreto - Editor de Política no Jornal O Mossoroense

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