Apesar de existirem iniciativas pontuais de conscientização tanto de alunos quanto de educadores, não há políticas públicas efetivas para coibir a homofobia e a violência de gênero.
Em 2011, o projeto Escola sem Homofobia, feito em parceria com o Ministério da Educação e conhecido como “kit gay”, perdeu força após críticas e pressão de bancadas religiosas no Congresso. A iniciativa foi suspensa pela presidente Dilma Rousseff naquele ano.
Atualmente, o projeto atende a demandas específicas, quando pedidos por escolas, explica Guilhermina Cunha Aires, vice-presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e integrante do Escola sem Homofobia. Ela afirma que, na maioria das vezes, as agressões são negadas por professores e diretores. “Mais de 90% da violência que acontece na escola não é noticiada”, diz.
Em relatório publicado em 2012, a entidade detectou que diversos professores não se sentiam preparados para lidar com essas questões e temiam que as famílias se opusessem à discussão desses temas no ambiente escolar.
Tais barreiras fazem com que a história de Peterson não seja rara. Em 2014, foram registradas 1.013 denúncias de homofobia pelo Disque 100. São Paulo é o estado com maior número de casos. Foram 150, o equivalente a 24,68% do total no país. Rio de Janeiro e Minas Gerais aparecem em seguida, com 7,60% e 7,21% das denúncias, respectivamente.
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