terça-feira, 12 de abril de 2016

SINTE/RN toma partido em favor dos trabalhadores em educação e contra o golpe


Os(as) profissionais da educação estão sob forte ameaça de sofrerem prejuízos irreparáveis caso a presidenta Dilma seja deposta. O documento divulgado pelo vice-presidente Michel Temer, que expõe sua pretensão de governo, não esconde a intenção de atacar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras como solução para a crise.
O primeiro direito a cair será certamente o reajuste anual do Piso Salarial, mas o próprio Piso Nacional está na mira para ser extinto. Já a entrega do pré-sal para as multinacionais, seria o adeus ao Plano Nacional de Educação e às metas que buscam avanços salariais, como a que equipara os salários dos(as) educadores(as) aos dos(as) demais profissionais com a mesma formação.
Os danos financeiros, políticos e sociais para a educação e seus trabalhadores seriam enormes! Mas a própria Nação seria seriamente abalada. Renomados juristas, entre eles ministros do Supremo Tribunal Federal, deixam claro que impeachment sem Crime de Responsabilidade é golpe! Dilma está sendo acusada por corruptos, como o deputado Eduardo Cunha, de irregularidades contábeis cometidas rotineiramente pelos presidentes anteriores e até hoje por governadores e prefeitos. As chamadas Pedaladas Fiscais não configuram crime.
Por isso, o SINTE/RN, tomou partido. Não o partido do governo, do PT, do PCdoB ou de qualquer outra agremiação político-partidária que faz parte do atual governo. Mas, o partido dos trabalhadores e trabalhadoras em educação, dos(as) demais trabalhadores(as) e da democracia, hoje sob grave ameaça. Fez isso, seguindo decisão de duas assembleias realizadas na Capital e amparado nas decisões do último Congresso da categoria.
Ciente de estar cumprindo o seu papel, o SINTE/RN apoia integralmente as ações contra o Golpe em curso. Esse apoio inclui: o uso dos seus veículos de comunicação para se somar ao combate às mentiras e manipulações da mídia golpista, liderada pela Rede Globo; a colaboração financeira visando organizar as atividades realizadas pelas 50 entidades de classe que compõem a Frente Brasil Popular pela Democracia e Contra o Golpe e a presença ativa de diretores e filiados nesses atos.
O Sindicato reafirma sua posição de autonomia e independência frente a partidos e governos.  No entanto, defende que a destituição de um governante eleito democraticamente jamais poderá ser feita sob a liderança de políticos processados por diversos crimes, sem garantias de mudanças em favor do povo e sem a devida obediência ao que diz a Lei, que é o que está ocorrendo agora. Dilma, o PT e qualquer partido podem ser retirados da cena política, sim! Desde que pela soberana vontade do povo, através de eleições livres.

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