sexta-feira, 9 de março de 2018

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CEARÁ-MIRIM >> Conheça um pouco mais sobre essa bacia hidrográfica que começa aqui em Lajes e abrange 16 municípios.



Nesse blog tenho postado várias matérias as quais sempre tenho me referido as ações do CBH (Comitê de Bacia Hidrográfica) do Rio Ceará-Mirim. Porém, dessa vez trago alguns dados relacionados especificamente a essa bacia hidrográfica, com o objetivo de contribuir para que  nossos leitores possam conhecerem um pouco mais sobre esse rio que é nosso, e que tão pouco conhecemos dele.

A área total da bacia é de: 2.635 Km² e banha quatro regiões de nosso Estado: nascendo no Sertão Central, na zona rural de Lajes e percorrendo as regiões do Mato Grande, Agreste e Litoral, onde deságua no município de Extremoz (conforme nos mostra o mapa acima).

Nesse trajeto, o Rio Cerará-Mirim corta os seguintes municípios: Angicos, Fernando Pedroza, Pedro Avelino, Pedra Preta, Caiçara do Rio dos Ventos, Riachuelo, Santa Maria, Jardim de Angicos, Bento Fernandes, João Câmara, Poço Branco, Taipu, Ielmo Marinho, Ceará -Mirim e Extremoz, totalizando 16 (dezesseis) municípios da nascente até a foz.

O TRECHO SECO E UMA LUTA ANTIGA:
No trecho dessa bacia hidrográfica em que limitam-se os municípios de Lajes, Pedra Preta, Jardim de Angicos e Caiçara do Rio dos Ventos (área do mapa destacada de marrom), há décadas existe uma luta histórica para que venha ser construído um reservatório de grande capacidade de armazenamento d'água, já até denominado: Barragem do Alívio, que  amenizaria a situação de abastecimento desses municípios em períodos de estiagem.

Confira a Situação Volumétrica
Por sua nascente ser em uma região semiárida, esse rio percorre boa parte de sua extensão, quase sempre seco, porém quando ele chega a região do Mato Grande, ele torna-se um rio perene, alimentando um grande reservatório hídrico, a Barragem de Poço Branco, que possui uma capacidade volumétrica de 136.000.000,00 (m³) d'água.

Daí em diante, ele segue seu curso perenizado, estando entre as principais fontes de desenvolvimento econômico, propiciando  lazer, turismo, pesca e irrigação para as áreas de plantações e ainda alimentando o lençol freático de toda essa área, proporcionando assim riqueza hídrica para a região. Outra grande potencialidade que essa bacia hidrográfica traz para a região de Ceará-Mirim é a inundação de áreas conhecidas como vales úmidos, o que permite uma grande produção agrícola.

Mesmo existindo em seu percurso, inúmeros problemas causados por questões de ordem ambientais e também outros, gerados por interesses econômicos, faz-se necessário que possamos reconhecer mais um pouco da importância que tem essa bacia hidrográfica para nossa região e para o estado.

Por Canindé Rocha - Professor da Rede Pública de Ensino e Ambientalista.

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