terça-feira, 24 de julho de 2018

EM PIPA >> Hoteleiros se unem em prol da preservação do meio ambiente




Um grupo de hoteleiros da região de Pipa, no litoral sul potiguar, decidiu abraçar de vez a causa ecológica e passou a adotar uma série de práticas para ajudar na preservação do meio ambiente e, assim, garantir melhor qualidade de vida para os moradores e uma experiência sem igual para os turistas que procuram a vila.Dentro do conceito “Preserve Pipa”, os empresários têm atuado para manter e conservar o Santuário Ecológico, um parque privado com mais de 90 hectares de área verde onde é possível percorrer trilhas e ter outras atividades de lazer, como apreciar uma fascinante vista para o mar.
Para auxiliar na preservação do parque, os hoteleiros, reunidos em uma associação – a Ashtp –, reativaram em Pipa a chamada taxa de turismo. A tarifa simbólica, no valor de R$ 2 por dia a cada quarto, é cobrada dos hóspedes dos estabelecimentos participantes. O pagamento é facultativo, mas 100% dos turistas têm aderido.
De todo o valor recolhido por meio da taxa de turismo, 20% é destinado ao Santuário Ecológico, para ajudar na manutenção do espaço e na preservação do meio ambiente. “O apoio da Ashtp tem sido muito importante. Com essa contribuição, conseguimos dar continuidade ao trabalho de educação ambiental e conscientização da população sobre a importância da preservação”, conta Valdemir Andrade, gerente administrativo do Santuário.
Integrante da diretoria da Ashtp, o empresário Wanderson Borges, da pousada Xamã, assinala que o “Preserve Pipa” tem dois principais objetivos. “O primeiro é ajudar a preservar a cidade, conservando o Santuário, por exemplo. E, além disso, é importante que destacar que todos os hotéis que estão dentro desse conceito adotam iniciativas responsáveis para com o meio ambiente”, afirma Wanderson.
Os estabelecimentos que participam do “Preserve Pipa” – cerca de 30 em toda a região – se destacam pela excelência dos serviços prestados. Todos os hotéis ou pousadas têm avaliação que supera os 90% de aprovação entre os clientes. Os focos são qualidade no atendimento, boas instalações e preocupação com o meio ambiente.
O foco do Santuário é a prática do ecoturismo. Dentro da área do parque, há trilhas sobre as falésias (a cerca de 50 metros do nível do mar), mirantes e áreas destinadas a piquenique, vestiário e banho de mar. O projeto Tamar, que atua na preservação de tartarugas marinhas, tem uma base de pesquisa instalada no local. Periodicamente, alunos de todas as faixas de ensino vão ao Santuário para praticar estudos.
Com o funcionamento em breve do Parque Estadual Mata da Pipa, de acordo com Valdemir Andrade, administrador do Santuário, a meta será formar uma espécie de “cinturão verde” em Pipa – com isso, os animais terão uma área ainda maior para demarcar seus territórios de alimentação. “Teremos um corredor ecológico”, diz ele.
Taxa de turismo é utilizada para promover o destino
De tudo que é arrecadado com a taxa de turismo em Pipa, 60% é destinado ao Conselho Municipal de Turismo (Comtur). O órgão é formado por dez membros – incluindo hoteleiros e representantes da Prefeitura de Tibau do Sul, de agências de viagem e barraqueiros, Convention Bureau, entre outros – que definem, bimestralmente, estratégias de promoção do turismo local.
“O Comtur decide apoio a eventos em Pipa e fora do distrito. São definidos, por exemplo, publicidade e a participação em festivais e feiras de turismo pelo País afora ou até no exterior”, destaca o diretor da Ashtp, Wanderson Borges.
Uma das estratégias que vêm sendo estudadas é a promoção em Pipa do chamado turismo de observação marinha em terra, para evitar intromissão no habitat dos seres aquáticos.
Por fim, os demais 20% da taxa de turismo são destinados à própria Ashtp, como compensação pelo fato de os hotéis não pagarem taxa de associação.

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