quinta-feira, 22 de novembro de 2018

OPINIÃO >> O tripé que norteia a equipe de Fátima e os três desafios urgentes do Governo



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Oficialmente, Fátima Bezerra e sua equipe –  tanto parlamentar como a de transição de governo – falam no tripé que vai nortear o Governo Fátima e seus componentes: qualificação técnica, sensibilidade social e afinidade com as bandeiras progressistas. É uma trindade de características bem interessante e que pode, sim, resultar em um governo diferenciado, pelo menos bem diferente dos anteriores.
Mas, intramuros, fala-se em uma trinca de desafios que o Governo Fátima terá de enfrentar e dar respostas imediatamente (leia-se no primeiro trimestre) sob pena de afundar na vala comum do mais do mesmo. São eles: Segurança Pública, colocar a folha do funcionalismo em dia e resolver o caos na Saúde Pública em áreas específicas (Hospital Walfredo Gurgel e Mossoró, por exemplo).
A questão da Segurança Pública é mais que um desafio para governantes estaduais, desde a malfadada gestão Rosalba Ciarlini (que pecou miseravelmente neste quesito). É uma situação emergencial mesmo. Fátima já sabe que, por mais que sejam essenciais políticas a médio e longo prazos em aspectos como plano de salário e carreira para policiais, valorização da Policia Militar, cooperação de forças e investimento em políticas e delegacias, também é necessário um leque de ações mais que emergenciais, midiáticas mesmo, como leio quase como unanimidade nos grupos de Zap de jornalistas que faço parte, para transmitir à população uma sensação, no mínimo, que a violência diminuiu no Estado. Isso ainda entre janeiro e fevereiro e o Carnaval será o marco de registro deste feito, ou da falta dele.
No item pagamento do funcionalismo, Fátima terá um desafio duplo. O primeiro, óbvio, é colocar a folha em dia, após os atrasos que Robinson Faria sinalizou que vai fazer, mantendo uma triste tradição do seu governo. O segundo, é diminuir a folha. Não se trata aqui da política sentimentalóide de “colocar pais de família no olho da rua”. Mas, sim, de enxugar com urgência a máquina pública, nos moldes que fez o colega de Fátima (e com quem ela vem conversando) Ricardo Coutinho, que quando iniciou o mandato na Paraíba tomou medidas impopulares e antipáticas e em seguida ajeitou a máquina pública a ponto de estar com recordes de aprovação e ter feito seu sucessor com tranquilidade.
Por fim, o terceiro desafio de Fátima é a Saúde Pública, problema crônico que tem como palco maior e holofotes os corredores do Hospital Walfredo Gurgel, em Natal. Parte da equipe de Fátima acredita que, combatendo a nefasta prática da “ambulancioterapia” e dialogando com a classe médica, pode minimizar em muito a situação.
Desafios grandes, talvez imensos, em um Rio Grande do Norte que vem sofrendo há anos. Resta esperar a atuação do Governo Fátima logo no início do mandato, quando o governante recém-empossado ainda goza daquela colher de chá que oposição, imprensa e eleitor lhes dão. Pelo menos, assim se espera no RN velho de guerra.

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