quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Saída de cubanos deixa unidades de saúde sem médicos; pacientes enfrentam filas e dificuldade para marcar consultas

Cartaz no Centro de Saúde do Jardim Rossin, em Campinas, avisa sobre suspensão de agendamentos por causa da saída dos médicos cubanos. — Foto: Conselho de Saúde de Campinas/Divulgação

Cartaz no Centro de Saúde do Jardim Rossin, em Campinas, avisa sobre suspensão de agendamentos por causa da saída dos médicos cubanos. — Foto: Conselho de Saúde de Campinas/Divulgação

Cidades pelo país começam a sentir os reflexos da saída dos cubanos que atuavam no programa Mais Médicos. Pacientes enfrentaram filas e atrasos para atendimentos nesta quarta-feira (21) e, em alguns postos, não havia médicos para realizar as consultas.

Profissionais cubanos que estavam em cidades do Paraná e do Rio Grande do Sul disseram que receberam um comunicado do governo cubano cancelando imediatamente os atendimentos dos médicos intercambistas no Brasil.
A saída do Mais Médicos foi anunciada no dia 14 de novembro pelo governo cubano, sem informar até quando os médicos atuariam no programa. A previsão da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) é de que todos voltem para Cuba até 12 de dezembro.

Ao comunicar que deixaria o Mais Médicos, o governo do país citou "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) à presença dos médicos cubanos no Brasil.
Cuba começou a enviar profissionais para atuar no Sistema Único de Saúde em 2013, quando o programa foi criado pela presidente Dilma Rousseff (PT) para atender regiões carentes sem cobertura médica.

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