terça-feira, 8 de janeiro de 2019

A LITERATURA COMO RESISTÊNCIA HISTÓRICA >> 10 histórias de cordel baseadas nas grandes mulheres negras da história do Brasil

“Talvez você nunca tenha conhecido a trajetória de sequer uma mulher negra na história do Brasil, não é? Mesmo na escola, nas aulas sobre o período da colonização e da escravidão, é provável que você não tenha lido ou ouvido falar sobre nenhuma líder quilombola, nem mesmo sobre líderes que foram tão importantes para comunidades enormes.
Essa ausência de conhecimento é um problema profundo no Brasil. Infelizmente, na escola não temos acesso a nomes como o de Tereza de Benguela, por exemplo, que recentemente se tornou símbolo nacional, quando o dia 25 de Julho foi oficializado como o Dia de Tereza de Benguela. Ainda assim, há grandes chances de que essa seja a primeira vez em que esse nome lhe salta aos olhos.
Para conhecer as histórias de luta dessas mulheres, é preciso mergulhar em uma pesquisa pessoal, que antes de tudo precisa ser instigada. Mas se as escolas e Universidades nem mesmo mencionam a existência de mulheres negras que concretizaram grandes feitos no Brasil, como a curiosidade das pessoas será despertada?”
Foi partindo desta ideia de que é preciso dar a volta e recolocar essas mulheres na história que Jarid Arraes resolveu escrever histórias biográficas de Cordel sobre 10 grandes mulheres negras da história do Brasil. Segundo publicação do próprio no site da Ceet – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desiguldades, ele resolveu lançar essas histórias que “contam as trajetórias e conquistas”, pois assim, “em sala de aula ou passando de mão em mão, a Literatura de Cordel pode servir como um rico material para que essas histórias sejam repassadas e discutidas.
A ideia é inovadora e espetacular: somente com informação poderemos ter mais lados de nossas história e, principalmente, conhecer mais daquilo que nos formos. Nesses cordéis, segundo Jarid, “é possível conhecer Zeferina, líder do quilombo de Urubu, Anastácia, uma escrava que até hoje é cultuada como santa, Maria Felipa, que foi líder nas batalhas pela independência da Bahia, e Antonieta de Barros, a primeira deputada negra do Brasil.” Assim, “passo a passo, grandes injustiças históricas podem ser eliminadas, trazendo à tona a memória de guerreiras e mulheres negras brilhantes que foram de enorme importância para o Brasil.”, afirma ele.
Para começar, leia no Questão de Gênero o cordel que conta a história de Tereza de Benguela, disponível gratuitamente.
Conheça todos os cordéis biográficos em www.jaridarraes.com/cordel

Sem comentários:

Enviar um comentário