A sociedade se afastou tanto da natureza que parece que nosso bem-estar é vinculado, acima de tudo, ao nosso poder de compra e consumo. Se conseguimos pagar nossas contas e satisfazer alguns sonhos e desejos, “as coisas estão indo bem”, mas isso não é necessariamente verdade. Estamos nos esquecendo que se não tivermos florestas ficaremos sem água, sem clima e sem comida.
A garantia da qualidade de vida de cada um de nós depende de uma teia de relações muito mais profundas. Na natureza, tudo está interconectado, e nós fazemos parte desta trama.
Segue a linha:
1 – Cada árvore da Amazônia tem capacidade de jogar na atmosfera de 300 a 1 mil litros de água, que são retiradas do solo;
2 – Isso quer dizer que a Amazônia transpira, diariamente, 20 trilhões de toneladas de vapor de água para a atmosfera – volume superior à vazão do Rio Amazonas (que é de 17 bilhões de metros cúbicos por dia). Ou seja, as árvores geram 10 vezes mais vapor de água para atmosfera que o Rio Amazonas;
3 – Toda essa umidade forma os “rios voadores” que são levados, com o vento, para outras regiões do país, irrigando plantações e enchendo reservatórios de água;
4 – A Amazônia em pé é uma das maiores usinas naturais de captação de carbono: ela estoca mais de 155.555 gigatoneladas (Gt) de CO2eq, impedindo que esses gases alcancem a atmosfera. Portanto, tem um papel fundamental no equilíbrio climático de todo o planeta;
5 – Quando a floresta é derrubada, todos esses gases são liberados, agravando impactos das mudanças climáticas, que já estão sendo sentidos, como as secas severas prolongadas e as temperaturas extremas. Isso significa que zerar o desmatamento é uma das medidas mais urgentes que devemos tomar;
6 – Ou seja, a água que chega em nossas torneiras e a comida de nossos pratos estão intimamente ligadas à existência das florestas. O desmatamento da Amazônia coloca em risco as coisas mais simples e essenciais da nossa vida.
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