quarta-feira, 23 de março de 2011

Professores terão bolsas para cursos de mestrado



Professores da educação básica que lecionam em escolas públicas terão bolsas de mestrado profissional a distância. Concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB). As bolsas exigem dos docentes, como contrapartida, o compromisso de continuar em exercício na rede pública por um período de cinco anos após a conclusão do mestrado. A medida, anunciada pelo Ministério da Educação na última segunda-feira (21), faz parte de um conjunto de ações para elevar a qualidade da educação básica.

A cada mês de março, o benefício será liberado e terá vigência máxima de 24 meses. Existe, também, a possibilidade de concessão de bolsas para mestrados presenciais, desde que em cursos aprovados pela Capes e consideradas algumas situações de interesse específico do estado. 

O não cumprimento do compromisso de cinco anos de exercício em escola pública, após o curso de mestrado a distância, implicará a devolução dos recursos. As próprias instituições de ensino vão estabelecer critérios de seleção.



Cisternas beneficiam 2,4 milhões de pessoas no Semiárido


Cisternas beneficiam 2,4 milhões de pessoas no Semiárido

Na região do Semiárido brasileiro, 480 mil famílias conseguem fugir da seca por meio da coleta de água de cisternas para o consumo, que beneficiam 2,4 milhões de pessoas. A ação é resultado de um trabalho da Articulação do Semiárido no Brasil (ASA) - que reúne cerca de mil entidades da sociedade civil - apoiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) desde 2003. O projeto considera o acesso à água recurso fundamental para a segurança alimentar, o aumento da quantidade de alimentos produzidos pelas famílias e a diversificação de processos produtivos locais. Das cisternas construídas, 340 mil foram apoiadas diretamente pelo MDS, beneficiando 1,7 milhão de pessoas. Além disso, já foram implantadas com o apoio do ministério 7.433 cisternas para produção de alimentos e 43 nas escolas. A meta para 2011 é construir mais de 100 mil cisternas.


Nos primeiros anos, foi priorizado o investimento na "primeira água" ou "água de beber", a água considerada alimento fundamental para a manutenção da vida. Em 2007, o ministério passou a apoiar projetos de "segunda água" ou "água de comer", nos quais a água da chuva é usada na produção familiar de alimentos para consumo. A partir de 2009, as ações se ampliaram para atender escolas da zona rural do Semiárido, com a chamada "água de educar", construindo 43 cisternas e fomentando a educação alimentar de professores, estudantes e famílias da comunidade escolar. 

O agricultor Luis Eleutério de Souza, 60 anos, morador da comunidade de Queimadas, em Cumaru, agreste de Pernambuco, há oito anos tem cisterna em casa. Antes do benefício, tinha que acordar às 5h e caminhar até 6km para buscar água em barreiros. “Hoje, ganho esse tempo me dedicando mais à produção", afirma o morador, que diversificou a produção e aumentou a renda da família. 

Cisternas - A cisterna é construída com placas de cimento, que captam a água das chuvas do telhado e escoam para os reservatórios. As cisternas residenciais têm capacidade para até 16 mil litros de água, o suficiente para uma família de cinco pessoas beber e preparar alimentos. Os reservatórios para “segunda água” atendem à produção familiar, depois que elas já têm a cisterna para água de consumo. São seis tipos de reservatórios: cisterna calçadão, barragem subterrânea, tanque de pedra ou caldeirão, barraginha, cisterna enxurrada e bomba d'água popular (BAP). As cisternas nas escolas têm capacidade para 32 mil litros de água potável; as de produção, para irrigação de hortas escolares, comportam 50 mil litros.

Fonte: Secom

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