Fonte: cnte.org.br
A melhoria da educação brasileira na última década foi acompanhada pela evolução do grau de instrução dos professores. Ao longo dos últimos dez anos, a porcentagem de docentes com curso superior completo cresceu em todas as etapas da educação básica. Em 2001, menos de um terço desses professores (27%) tinha formação superior. Em 2010, essa porcentagem mais que dobrou, passando para 62,4%. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e abrangem escolas públicas e particulares.
O avanço mais expressivo ocorreu entre os profissionais que lecionam nas séries iniciais do ensino fundamental (da 1.ª à 5.ª série ou do 1.º ao 6.º ano - no ensino de nove anos). O ensino infantil registrou a segunda evolução mais significativa, passando de 24,7% para 51,8% de graduados no período.
O principal motivador para esse crescimento foi a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), implantada em 1996. O texto legal determinou que todos os professores necessitam ter titulação em Pedagogia ou licenciatura, em substituição ao antigo curso técnico de magistério. Na época da promulgação da LDB, o governo havia definido um prazo de dez anos para que os docentes se adaptassem à norma - o que ainda não ocorreu.
Formação a distância predomina A melhoria na titulação dos professores brasileiros foi içada por um outro fenômeno educacional recente: a expansão do ensino a distância (EAD) no país. Entre 2000 e 2008, a quantidade de alunos nessa modalidade, em cursos de graduação e pós-graduação lato sensu, cresceu 45.000%, passando de 1.758 para 786.718 matriculados. No mesmo período, o número de cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação aumentou de 13 para 1.752, segundo a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed). (Gazeta do Povo) | 
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