Por CNBB
“A
identidade do Cimi é a aliança com os povos indígenas para que não
percam sua identidade”. A afirmação é do presidente do Conselho
Indigenista Missionário (Cimi) e bispo da prelazia do Xingu (PA), dom
Erwin Krautler, durante a missa de abertura do Congresso que comemora os
40 anos da entidade, em Luziânia (GO).
Aberto na manhã desta terça-feira, 20, o
Congresso reúne 250 pessoas de todo o país e debate o tema “Raiz,
Identidade, Missão”, recordando a história do Cimi, que é um organismo
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Segundo dom Erwin, a pior coisa que pode
acontecer com um povo é perder a sua identidade e que, em seus 40 anos
de existência, o Cimi tem ajudado os povos indígenas a preservarem sua
identidade. Disse que, nesse período, o Cimi aprendeu muito com os
indígenas. “Foi-se o tempo em que trabalhávamos em favor dos povos
indígenas, sem inclui-los na caminhada. Eles não são objeto de nossa
caridade, mas sujeito de sua história e somos seus aliado”, observou.
Dom Erwin referiu-se também às críticas
de quem combate o Cimi. “Nunca nos aliamos a qualquer facção
político-partidária. Nossa bandeira é a vida dos povos indígenas. Por
isso temos coragem de enfrentar uma política anti-indígena, que continua
em vigor nesse país”, afirmou.
A programação do Congresso foi retomada à
tarde com a memória dos 40 anos do Cimi. Hoje 21, os congressistas
recebema visita do secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich
Steiner. Já na quinta-feira, 22, o bispo emérito de Goiás (GO), dom
Tomás Balduíno, um dos fundadores do Cimi, será homenageado pelos 90
anos que completará no próximo dia 31 de dezembro.
O encerramento do evento é na sexta-feira, 23, quando deve ser aprovado o “Manifesto dos 40 anos do Cimi”.
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