O Datafolha mostra que há 5% de indecisos.
Se Dilma herdar desse grupo os 45% que tem dos votos válidos, estará a
poucas casas decimais de se reeleger em primeiro turno
Pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas no início da noite de
quinta-feira, 2 de outubro, a 3 dias da eleição, mostram quadro
impensável há 30 dias: além de ser alta a possibilidade de Dilma
Rousseff reeleger-se em primeiro turno, mesmo em caso de segundo turno
sua vantagem é muito maior que a da (até aqui) segunda colocada, Marina
Silva.
Precisamente às 18 horas e 52 minutos, a “Rádio Estadão” (na Web)
divulgou os resultados da mais recente pesquisa Ibope (com 3010
entrevistados e campo de 29 de setembro a 1º de outubro) sobre a
sucessão presidencial.
No Ibope, Dilma aparece com 47% dos votos válidos. No Datafolha, aparece com 45% dos votos válidos.
Se formos nos basear pelo pior resultado para a atual presidente da
República (o do Datafolha), falta-lhe o percentual mais baixo de votos
para vencer em 1º turno desde o início da campanha eleitoral. Precisaria
crescer 2,5 pontos percentuais até domingo.
Difícil? Talvez. Impossível? Jamais. Até porque, os números do Datafolha divergem de sondagens do PT.
Nesse aspecto, vale dizer que fonte da campanha de Dilma com a qual
conversei recentemente previu que Dilma seria “retida” abaixo do
necessário para vencer em primeiro turno através do uso da margem de
erro e, se necessário, de algo além dessa margem. Totalmente condizente
com o que dizem as duas pesquisas recém-divulgadas.
Outro ponto que vale ressaltar é que candidatos que passam para o
segundo turno com tal vantagem sobre o segundo colocado dificilmente
perdem a eleição. Esse é, inclusive, um conceito dos próprios institutos
de pesquisa, marqueteiros, cientistas políticos etc. Desse modo, haver
segundo turno não mudaria em nada o favoritismo de Dilma.
Por fim, a pesquisa Datafolha mostra que há 5% de indecisos. Se Dilma
herdar desse grupo os 45% que tem dos votos válidos, estará a poucas
casas decimais de se reeleger em primeiro turno. Esses números esbarram
na margem de erro das pesquisas.
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