Está em debate na Câmara dos Deputados o congelamento dos investimentos dos próximos 20 anos. Votaremos uma política do não investimento pelos próximos cinco governos. Votaremos o futuro do Sistema Único de Saúde, o futuro dos Institutos Técnicos Federais, a expansão das Universidades Federais e a manutenção das políticas de redução das desigualdades. Votaremos o futuro de todos aqueles que utilizam os serviços públicos no Brasil.
A proposta é fruto da articulação de Michel Temer, que parece pouco se importar com o apoio e o futuro da população. Até porque não foi eleito por ela. Está mais preocupado com seus correligionários, que o apoiaram e viabilizaram a tomada de poder via golpe parlamentar.
A PEC 241 é um verdadeiro atentado contra o povo. Se aprovada, vai reduzir drasticamente o investimento proporcional do PIB em saúde e educação. Pior que isso. A PEC atenta contra a democracia ao impedir os governos futuros de manejar os investimentos federais. A população pode até eleger um futuro presidente ou presidenta que tenha um plano de governo para favorecer a saúde, ou a educação, por exemplo, mas o executivo ficará de mãos atadas, preso a uma decisão de um governo que não foi eleito.
Ao vincular as receitas à inflação, a medida desconsidera qualquer tipo de epidemia de dengue, zika ou chikungunya, que exigem ações imediatas. Desconsidera o aumento da população idosa, o aumento da procura pelos serviços públicos e as metas estabelecida nos últimos governos, para a educação por exemplo.
PEC 241 é retrocesso puro. Toda mobilização é necessária para barrar este absurdo. Ocuparemos as redes e as ruas.
Sem comentários:
Enviar um comentário