O mês de novembro foi um mês bastante movimentado aqui na Estante Virtual. Tivemos nosso aniversário de 11 anos e muitas promoções na semana da Black Friday. Nossos leitores aproveitaram e renovaram suas estantes, adicionando novos títulos à nossa lista de mais vendidos do mês.
Entre as novidades estão Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés e Operação cavalo de Tróia – Vol. 3, de J.J. Benitez. Além dos já recorrentes: A revolução dos bichos, de George Orwell e O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupery. Confira a lista completa:
A revolução dos bichos, de George Orwell
Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens.
Regresso ao admirável mundo novo, de Aldous Huxley
Neste livro, o autor defende a necessidade da raça humana educar-se em liberdade, antes que seja muito tarde. A atenção de Aldous Huxley é focalizada no que ele considera os dois maiores perigos à raça humana, à parte da bomba H – superpopulação e superorganização.
O Poder do Agora, de Eckhart Tolle
Combinando conceitos do cristianismo, do budismo, do hinduísmo, do taoísmo e de outras tradições espirituais, Tolle elaborou um guia de grande eficiência para a descoberta do nosso potencial interior. Este livro é um manual prático que nos ensina atomar consciência dos pensamentos e emoções que nos impedem de vivenciar plenamente a alegria e a paz que estão dentro de nós mesmos.
O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupery
Apesar da presença explícita de dois personagens e do registro de um diálogo entre o aviador e uma criança, diversos aspectos autobiográficos estão presentes nesta narrativa, publicada pela primeira vez em 1945. Por meio de imagens simbólicas, as passagens de ordem temporal, na vida do autor, estão ali presentes: casamento/separação, profissões, sonhos e decepções. Os dois personagens tornam-se representações do próprio Saint-Exupéry, em um monólogo interior entre o “eu” e o “outro”.
Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez
Cem anos de solidão conta a história da mítica cidade de Macondo – uma aldeia fictícia na América Latina – seus fundadores e descendentes: a família Buendía. Ao longo do livro, o escritor narra os acontecimentos do povoado, mesclando-os com fatos históricos do período, e resultando em um realismo fantástico – estilo literário já consagrado pelo autor. Estudiosos desta obra garantem ainda que ela é uma metáfora para a até então realidade sócio-econômica da América Latina, caracterizada pelo isolamento do restante dos países de primeiro mundo, conformismo e imobilismo social.
Operação cavalo de Tróia – Vol. 3, de J.J. Benitez
Cavalo de Tróia 3 é a transcrição da terceira parte do Diário do Major da Força Aérea dos Estados Unidos a que J.J. Benítez teve acesso com exclusividade em 1980. Neste documento, o Major relata sua volta no tempo e sua visita à Palestina de Jesus de Nazaré. A passagem transcrita neste volume apresenta novas aparições do Nazareno a seus discípulos, às margens do Tiberíades, em Saidan, com a minuciosa análise do “Corpo Glorioso”, o misterioso corpo ressuscitado do rabi.
Inteligência emocional, de Daniel Goleman
Inteligência é emocão. QI não é destino. Aliando o rigor do cientista à experiência humana do psicólogo, o autor examina questões polêmicas através de uma viagem pelos labirintos da mente humana. Mostrando que o controle das emoções é fator essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo, a obra cita exemplos de casos do cotidiano que demonstram a incapacidade das pessoas em lidar com as próprias emoções, tendo como consequência a destruição de vidas e o abalo de carreiras promissoras.
Mulheres Que Correm Com os Lobos, de Clarissa Pinkola Estés
Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, a analista junguiana Clarissa Pinkola Estés descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Seu livro, Mulheres que correm com os lobos, ficou durante um ano na lista de mais vendidos nos Estados Unidos. Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam. Segundo a analista, a exemplo das florestas virgens e dos animais silvestres, os instintos foram devastados e os ciclos naturais femininos transformados à força em ritmos artificiais para agradar aos outros. Mas sua energia vital, segundo ela, pode ser restaurada por escavações “psíquico-arqueológicas” nas ruínas do mundo subterrâneo. Até o ponto em que, emergindo das grossas camadas de condicionamento cultural, apareça a corajosa loba que vive em cada mulher.
A arte da guerra, de Sun Tzu
O que faz de um tratado militar, escrito por volta de 500 a.C., manter-se atual a ponto de ser publicado praticamente no mundo todo até os dias de hoje? Você verá que, em A arte da guerra, as estratégias transmitidas pelo general chinês Sun Tzu carregam um profundo conhecimento da natureza humana. Elas transcendem os limites dos campos de batalha e alcançam o contexto das pequenas ou grandes lutas cotidianas, sejam em ambientes competitivos –_ como os do mundo corporativo – sejam nos desafios internos, em que temos de encarar nossas próprias dificuldades. Se você não conhece a si mesmo nem o inimigo, sucumbirá a todas as batalhas.
Pedagogia da autonomia, de Paulo Freire
Um livro de poucas páginas, mas de uma densidade de idéias pouco vista em qualquer outra de suas obras. Este seu poder de síntese demonstra a maturidade, a lucidez e a vontade de, com simplicidade, abordar algumas das questões fundamentais para a formação dos educadores. Esta não é uma obra a mais de Paulo, mas sim, aquela que sintetiza a sua pedagogia do oprimido e o engrandece como gente.
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