quarta-feira, 11 de abril de 2018

REJEIÇÃO POPULAR >> População de Sorocaba rechaçou proposição de título de cidadania a Bolsonaro



Às 9h, desta terça-feira, 10, a Câmara Municipal de Sorocaba já estava lotada de estudantes, trabalhadores, dirigentes sindicais, movimento de mulheres, negros e LGBT para pressionar os vereadores a votarem contra o projeto para título de cidadão a Jair Bolsonaro.

Depois de muitos gritos de guerra e do tumulto ocorrido no auditório envolvendo manifestantes e guardas civis municipais, os vereadores aprovaram a retirada de pauta do projeto com o compromisso de não retornar à votação antes das eleições deste ano.

A sessão ficou suspensa por uma hora devido às manifestações e gritos de guerra como “fascistas não passarão”. Um trabalhador chegou a ser retirado com violência após se envolver em uma discussão com um bolsonarista. O trabalhador recebeu chave de pescoço e saiu algemado da Câmara pelos guardas civis municipais. Já o seguidor do Bolsonaro saiu andando, apenas acompanhado pelos guardas.

De acordo com o secretário de organização do SMetal, Izidio de Brito, ex-vereador metalúrgico, Bolsonaro nunca contribuiu em nada com Sorocaba e não tem uma emenda sequer voltada para a cidade.

Em entrevista ao SMetal, o vereador pastor Luis Santos (PROS), proponente do título, justificou que é um direito dele de conceder o titulo a quem quiser. Ele afirma não concordar com todos os posicionamentos de Bolsonaro, mas com 90% deles. “Sou contra o kit gay na escola e ele tem 75% dos votos de Sorocaba”. Questionado sobre em qual pesquisa ele se baseia, o pastor afirma ser uma pagina do Facebook Sorocabanices, “nem sei de quem é o dono”.

“Declarado racista e homofóbico, Bolsonaro não pode ser homenageado em qualquer lugar que seja. Quem se diz democrata, mas age contra a democracia, não atua como cidadão”, afirma o presidente do SMetal, Leandro Soares.

Logo no início da sessão ordinária os vereadores aprovaram a retirada da pauta do projeto, com o compromisso do presidente da Câmara, Rodrigo Manga, de não retornar à votação antes das eleições de outubro. 

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