Os manifantoches, pessoas que saíram as ruas durante o impeachment de Dilma Rousseff e foram usadas como massa de manobra para o golpe parlamentar de 2016, derrubaram as vendas dos produtos da Copa do Mundo da Fifa de futebol em 50%. Os manifantoches fizeram parte do tema da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti.
Além da questão econômica piorada com golpe parlamentar, ninguém quer usar uma camisa identificada com os “patos amarelos”. Enquanto na Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, 50,1% das famílias do país demonstraram interesse em comprar itens relacionados com o Mundial de futebol, este ano, o percentual caiu pela metade, para 24%.
Os dados são da pesquisa que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou hoje (11). O levantamento foi feito com 18 mil consumidores de todas as capitais do país e indica que os produtos mais procurados serão os alimentos e bebidas, com 9,9% de intenção de compra.
No Saara, comércio popular no centro do Rio, decorado com bandeiras do Brasil, para onde se olha, as lojas exibem as cores verde e amarelo da camisa da seleção,
Do total, 7,5% pretendem comprar peças de vestuário masculino, feminino e infantil, e 4,3% devem adquirir aparelhos de televisão. Em 2014, esses mesmos itens tiveram intenção de compra de 21,5%, 14,3% e 13,3%, respectivamente.
O chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes, não cita os manifantoches e diz que como a Copa é no exterior e as condições de consumo são menos favoráveis este ano, isso é decisivo para influenciar negativamente na intenção de compra das famílias.
A CNC mostra números que confirmam como o golpe parlamentar piorou a condição do brasileiro.A Confederação lembra que no trimestre encerrado em abril de 2014, no governo Dilma Rousseff (PT), a taxa de desemprego no Brasil era de 7,1% da população economicamente ativa, contra os 12,9% de agora, dois anos após o golpe parlamentar. E a taxa média de juros cobrada dos consumidores está em 55% ao ano, quando era de 47,9% antes do Mundial no Brasil. (Agência Brasil e Carta Campinas).
Fonte: / in Economia e Política, Manchete
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