Do
site do PCdoB:
Reunida
neste sábado (4) e domingo (5), na sede do Comitê Central na
capital paulista, a Comissão Executiva Nacional do Partido Comunista
do Brasil (PCdoB) lança nota nesta segunda-feira (6) em que
esclarece o processo de decisão da direção nacional que optou pela
coligação com o Partido dos Trabalhadores (PT) na chapa que tem o
ex-presidente Lula como candidato à presidência da República e o
ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, candidato a vice.
De
acordo com o documento do PCdoB, em qualquer circunstância, Manuela
será candidata a vice-presidente, seja com Lula ou Haddad.
“A
concretização da Coligação PT-PCdoB-PROS-PCO, que será liderada
por Lula presidente e Manuela vice, é um acontecimento relevante na
acirrada disputa em curso, uma vez que amplia as possibilidades de
vitória das forças progressistas”.
Leia a seguir a
íntegra:
Uma
aliança pela vitória: Coligação PT-PCdoB
O Partido
Comunista do Brasil (PCdoB) fixou como estratégia eleitoral
conquistar a vitória das forças progressistas nas eleições
presidenciais. Coerente com esse objetivo, buscou viabilizar a
perspectiva de uma frente ampla, a partir da unidade da esquerda,
como fator indispensável para essa almejada quinta vitória do povo.
Trabalhou incessantemente por propostas programáticas unitárias,
elaboradas pelas fundações dos partidos de esquerda, e contribuiu
para a realização de uma série de reuniões com PT, PCdoB, PDT,
PSB e PSOL.
Nesse ambiente de diálogo, o PCdoB e sua
candidata Manuela d’Ávila foram incisivos na defesa de uma
pactuação eleitoral progressiva das candidaturas para derrotar as
forças conservadoras e golpistas. Em 22 de julho, o PCdoB e Manuela
se dirigiram aos partidos de esquerda e os conclamaram à unidade
desde o primeiro turno.
Na Convenção do Partido, Manuela foi
consagrada candidata à presidência para, em nome do PCdoB, batalhar
por esses objetivos. Manuela mediante uma campanha vibrante mobilizou
amplos setores progressistas e populares, granjeando prestígio e
respeito.
Nos últimos dias, o PCdoB intensificou as
conversações em torno da unidade. Apesar de todo esse esforço,
prevaleceu nesse campo a fragmentação.
O Partido dos
Trabalhadores homologou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, grande liderança popular do país, que está
arbitrariamente preso.
O Partido Democrático Trabalhista, por
sua vez, oficializou a candidatura de Ciro Gomes, que corretamente
aponta como saída para a grave crise do país um novo projeto
nacional de desenvolvimento.
O Partido Socialismo e Liberdade,
por sua vez, lançou Guilherme Boulos, candidato. E o PSB não
coligou, nem lançou candidato, mas recomendou seus militantes apoio
aos candidatos do campo progressista.
Inviabilizada a unidade
mais ampla dos partidos de esquerda, na reta final do prazo legal
para definições, o PCdoB e o PT, conjuntamente, persistiram na
busca de uma aliança e intensificaram as negociações entre si,
tendo em conta que ambos os partidos e outras legendas construíram
juntos, ao longo de trinta anos, um campo político e social que
resultou no importante ciclo dos governos Lula e Dilma. As duas
legendas também estiveram coesas na luta contra o golpe de agosto de
2016, nas jornadas pela liberdade do ex-presidente Lula e pelo seu
direito de ser candidato a presidente.
No último domingo (5),
a direção do Partido dos Trabalhadores foi porta-voz de um convite
do ex-presidente Lula para que Manuela d’Ávila assumisse a
candidatura de vice na sua chapa.
Embora a proposta não
contemplasse a unidade mais ampla resultante de uma composição que
abarcasse as candidaturas de Lula, Ciro Gomes, Manuela, o PCdoB
considerou que, diante da forte orquestração das forças
conservadoras e golpistas para vencer as eleições, a coligação
entre PCdoB e PT emergia como a aliança possível e importante para
se construir a vitória das forças progressistas.
Em razão
disto e em face da proposta apresentada pelo PT e pelo ex-presidente
Lula, a Comissão Política Nacional do PCdoB decidiu aprovar a
coligação com o PT, que inclui também PROS e PCO. Tomada a
decisão, as presidentas do PT e do PCdoB – a senadora Gleisi
Hoffmann e a deputada federal Luciana Santos – anunciaram que
Manuela d’Ávila será a vice da chapa de Lula.
Face à
circunstância excepcional em que o ex-presidente Lula está
arbitrariamente preso, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad
será registrado como vice-presidente para vocalizar a orientação
do ex-presidente até que se esclareça a estabilidade jurídica da
candidatura de Lula. A seguir, em qualquer circunstância, Manuela
será candidata a vice-presidente, seja com o deferimento ou não da
candidatura de Lula.
Haddad e Manuela irão liderar ombro a
ombro a jornada desde já em todo o país.
O convite do
ex-presidente Lula evidencia o reconhecimento da dimensão que
adquiriu a campanha de Manuela d’Ávila na disputa em curso. Sua
voz corajosa e altiva, na defesa da unidade das forças progressistas
e de um projeto nacional de desenvolvimento, soberano e democrático,
de amplas conquistas para o povo e a classe trabalhadora e dos
direitos das mulheres, da juventude, dos negros e da população
LGBT, conquistou apoios e galvanizou entusiasmo.
A
concretização da Coligação PT-PCdoB-PROS-PCO, que será liderada
por Lula presidente e Manuela vice, é um acontecimento relevante na
acirrada disputa em curso, uma vez que amplia as possibilidades de
vitória das forças progressistas.
O PCdoB conclama seu
coletivo militante, todos seus apoiadores, às forças populares,
democráticas, patrióticas a se convergirem e combaterem para tornar
possível a quinta vitória do povo nas eleições presidenciais,
único meio para tirar o país da crise, e desencadear a jornada por
um novo projeto nacional de desenvolvimento.
São Paulo, 6 de
agosto de 2018.
Comissão Executiva Nacional do Partido Comunista
do Brasil (PCdoB)
Por
Altamiro Borges >> https://altamiroborges.blogspot.com/
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