Charge: Depois do Wikileaks ... | ||
Setores da mídia e da sociedade recriminam atuação heróica de Dilma Rousseff durante ditadura militar...
Do Blog Justiça e Política
Mais uma vez a midia brasileira reage com absoluta imparcialidade e com claro intuito de denegrir a imagem da preseidente-eleita Dilma Rousseff. Como se não bastasse as agressões e leviandades feitas durante o processo eleitoral, agora aproveitam as revelações do site internacional "Wikileaks", para recriminar a atuação dela nas ações de guerrilha urbana durante os anos de chumbo.
Recriminam, de maneira ordinária, a postura legítima de Dilma ante a violência arbitrária do governo militar, como se ela e outros que também lutaram fossem criminosos da pior estirpe, antidemocratas, que não desejam o melhor para o país. Tentam enlamear o curriculo de uma mulher competente e séria, que batalhou com todo o coração pela libertação nacional. Assim muitos desinformados da geração atual, com base nas informações sensacionalistas, enxergarão nela a "criminosa de alta periculosidade" do passado recente, o que não correspondeu a verdade.
Talvez, os órgãos noticiosos da atualidade estejam vendidos para poderosos setores do conservadorismo, que historicamente sempre repudiou as ações heróicas em prol da democracia plena. Nós, como democratas e patriotas, é que repudiamos a estupidez das redações da imprensa marrom e seus lacaios. Com a eleição de Dilma, é o momento histórico para pôr uma bela pá de cal no revanchismo de direita, que ainda nos assombra.
Brasil pode largar na frente em acesso a fundos para florestas
Fonte: BBC Brasil
O desmatamento responde por quase 20% das emissões mundiais de CO2
A aprovação do mecanismo de preservação de florestas conhecido pela sigla REDD (redução de emissões por desmatamento e degradação) é uma das decisões tomadas neste sábado ao final da reunião da ONU sobre o clima, em Cancún, que pode beneficiar diretamente o Brasil.
O país já tem aprovada uma estratégia nacional e pode largar na frente no acesso a verbas - quando elas forem disponibilizadas - para ações de REDD.
O sistema foi aprovado com pré-requisitos, chamados de salvaguardas, que visam a garantir que os projetos de REDD elegíveis no âmbito das Nações Unidas respeitem os direitos de povos indígenas e comunidades locais e a biodiversidade.
Apesar da inclusão no acordo, o mecanismo de REDD só poderá ser operacionalizado no ano que vem, depois que os signatários da convenção das Nações Unidas sobre mudanças do clima decidirem de onde devem sair os fundos para os projetos.
Existe uma divisão entre blocos de países. Alguns preferem que REDD seja totalmente mantido com fundos públicos, enquanto outros querem que o dinheiro, ou pelo menos parte dele, seja pago por mercados de crédito de carbono.
Ações sul-sul
De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o Brasil também deve ajudar vizinhos a construír as suas estratégias nacionais de REDD em ações conhecidas como 'sul-sul'.
'Se a gente fizer uma coisa bem feita, realmente converge biodiversidade com clima. É uma coisa super interessante que, no desenho de REDD, você vê claramente', disse Teixeira. O desmatamento é responsável por quase 20% das emissões mundiais de CO2. Por isso, o esquema de proteção de florestas é uma esperança de cortes rápidos no futuro próximo.
A organização não-governamental Conservação Internacional considerou o acordo de Cancún 'histórico'.
'Será uma virada, já que os países encararam os desafios que ameaçam a Terra, protegendo florestas e a riqueza dos serviços prestados por ecossistemas', afirmou Fred Boltz, líder da CI para mudança climática.
O Brasil e outros países latino-americanos também devem se beneficiar do fundo para adaptação e mitigação que até 2020 deverá liberar Us$ 100 bilhões por ano, mas deve começar com US$ 30 bilhões anuais.
A diplomacia brasileira também saiu fortalecida do encontro.
A participação do Brasil na resolução do principal conflito em Cancún - a recusa do Japão a se comprometer ao segundo período do Protocolo de Kyoto, a partir de 2012 - também rendeu elogios na plenária mexicana.
Nos últimos dias das negociações em Cancún, a importância da equipe brasileira pode ser medida também pelo assédio da imprensa estrangeira aos negociadores.
Do Blog do Emir
A perda rápida de prestigio de Obama revela duas coisas: a primeira é que se pode ganhar eleição centrada no marketing, mas não se pode governar centrado no marketing. A segunda é que não se muda a mentalidade conservadora, forjada durante décadas, em uma campanha eleitoral, embora se possa avançar nessa direção, contanto que esses avanços sejam consolidados por políticas governamentais.
Apesar do enorme apoio popular e mesmo dos meios de comunicação e do apoio irrisório com que contava Bush no momento das eleições, Obama venceu por uma margem pequena de votos – 4%. O que refletia a enorme virada conservadora que os EUA tinham sofrido várias décadas antes – desde a vitória de Nixon, em 1968, apelando para a chamada “maioria silenciosa”. Não apenas a opinião publica deu uma virada conservadora, como as estruturas de poder – da Justiça à educação – que passaram, por sua vez, a consolidar um pensamento de direita no conjunto da sociedade.
Na presidência, Obama não se mostrou à altura das suas promessas. Salvou o sistema bancário, com a ilusão de que este salvaria o país e deixou abandonadas as vítimas principais da crise: os desempregados e os devedores das hipotecas bancárias. Na política externa, mudou a linguagem, mas não os pontos essenciais da estratégia imperial: Cuba, Guantánamo, Iraque, Afeganistão.
Foi penalizado, à esquerda – com a abstenção e a desilusão – e à direita – com forte mobilização conservadora – e perdeu a maioria eleitoral, ficou em minoria na Câmara, terminando penosamente sua lua-de-mel com o eleitorado.
O marketing tinha possibilitado sua vitória, mas ela não se consolidou com política que se enfrentasse à hegemonia conservadora na sociedade, mesmo dispondo da crise social para demonstrar políticas distintas de enfrentamento da crise.
No Brasil, ao contrário, o marketing eleitoral foi positivo, porque se assentava em um governo enraizado fortemente nas camadas majoritárias da população, beneficiárias das políticas sociais. A comparação entre os governos FHC e Lula era inquestionavelmente favorável a este, em todos os níveis. Daí que a oposição buscou um atalho para chegar a setores da população através da exploração de preconceitos de caráter religioso. A retomada da esfera política como essencial, determinou finalmente a vitória de Dilma.
A diferença entre Lula e Obama é que, com o primeiro, o marketing está apoiado em medidas concretas de um governo de caráter popular, cujas políticas defenderam os direitos da população durante a crise e estendem esses direitos com seu modelo econômico e social. Por isso Lula saiu vitorioso e Obama foi derrotado. Lula fortaleceu os bancos públicos para combater a crise, enquanto Obama confiou em que a recuperação dos bancos privados em crise alavancaria a recuperação da economia, se equivocou e foi derrotado.
Uma imagem eleitoral pode ser construída tecnicamente, porém só se sustenta se estiver apoiada em um governo e em uma liderança sólida e coerente politicamente.
O desmatamento responde por quase 20% das emissões mundiais de CO2
A aprovação do mecanismo de preservação de florestas conhecido pela sigla REDD (redução de emissões por desmatamento e degradação) é uma das decisões tomadas neste sábado ao final da reunião da ONU sobre o clima, em Cancún, que pode beneficiar diretamente o Brasil.
O país já tem aprovada uma estratégia nacional e pode largar na frente no acesso a verbas - quando elas forem disponibilizadas - para ações de REDD.
O sistema foi aprovado com pré-requisitos, chamados de salvaguardas, que visam a garantir que os projetos de REDD elegíveis no âmbito das Nações Unidas respeitem os direitos de povos indígenas e comunidades locais e a biodiversidade.
Apesar da inclusão no acordo, o mecanismo de REDD só poderá ser operacionalizado no ano que vem, depois que os signatários da convenção das Nações Unidas sobre mudanças do clima decidirem de onde devem sair os fundos para os projetos.
Existe uma divisão entre blocos de países. Alguns preferem que REDD seja totalmente mantido com fundos públicos, enquanto outros querem que o dinheiro, ou pelo menos parte dele, seja pago por mercados de crédito de carbono.
Ações sul-sul
De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o Brasil também deve ajudar vizinhos a construír as suas estratégias nacionais de REDD em ações conhecidas como 'sul-sul'.
'Se a gente fizer uma coisa bem feita, realmente converge biodiversidade com clima. É uma coisa super interessante que, no desenho de REDD, você vê claramente', disse Teixeira. O desmatamento é responsável por quase 20% das emissões mundiais de CO2. Por isso, o esquema de proteção de florestas é uma esperança de cortes rápidos no futuro próximo.
A organização não-governamental Conservação Internacional considerou o acordo de Cancún 'histórico'.
'Será uma virada, já que os países encararam os desafios que ameaçam a Terra, protegendo florestas e a riqueza dos serviços prestados por ecossistemas', afirmou Fred Boltz, líder da CI para mudança climática.
O Brasil e outros países latino-americanos também devem se beneficiar do fundo para adaptação e mitigação que até 2020 deverá liberar Us$ 100 bilhões por ano, mas deve começar com US$ 30 bilhões anuais.
A diplomacia brasileira também saiu fortalecida do encontro.
A participação do Brasil na resolução do principal conflito em Cancún - a recusa do Japão a se comprometer ao segundo período do Protocolo de Kyoto, a partir de 2012 - também rendeu elogios na plenária mexicana.
Nos últimos dias das negociações em Cancún, a importância da equipe brasileira pode ser medida também pelo assédio da imprensa estrangeira aos negociadores.
A autorização foi dada pelo Pontífice ao prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, em audiência privada no Vaticano. Segundo as informações da Arquidiocese de Salvador, a cerimônia de beatificação deverá acontecer no primeiro semestre de 2011.
Irmã Dulce é a primeira baiana a tornar-se beata e agora está a um passo da canonização. O título de santa só poderá ser conferido após a comprovação de mais um milagre intercedido pela religiosa e reconhecido pelo Vaticano.
Irmã Dulce é a primeira baiana a tornar-se beata e agora está a um passo da canonização. O título de santa só poderá ser conferido após a comprovação de mais um milagre intercedido pela religiosa e reconhecido pelo Vaticano.
Obama e Lula
Do Blog do Emir
A perda rápida de prestigio de Obama revela duas coisas: a primeira é que se pode ganhar eleição centrada no marketing, mas não se pode governar centrado no marketing. A segunda é que não se muda a mentalidade conservadora, forjada durante décadas, em uma campanha eleitoral, embora se possa avançar nessa direção, contanto que esses avanços sejam consolidados por políticas governamentais.
Apesar do enorme apoio popular e mesmo dos meios de comunicação e do apoio irrisório com que contava Bush no momento das eleições, Obama venceu por uma margem pequena de votos – 4%. O que refletia a enorme virada conservadora que os EUA tinham sofrido várias décadas antes – desde a vitória de Nixon, em 1968, apelando para a chamada “maioria silenciosa”. Não apenas a opinião publica deu uma virada conservadora, como as estruturas de poder – da Justiça à educação – que passaram, por sua vez, a consolidar um pensamento de direita no conjunto da sociedade.
Na presidência, Obama não se mostrou à altura das suas promessas. Salvou o sistema bancário, com a ilusão de que este salvaria o país e deixou abandonadas as vítimas principais da crise: os desempregados e os devedores das hipotecas bancárias. Na política externa, mudou a linguagem, mas não os pontos essenciais da estratégia imperial: Cuba, Guantánamo, Iraque, Afeganistão.
Foi penalizado, à esquerda – com a abstenção e a desilusão – e à direita – com forte mobilização conservadora – e perdeu a maioria eleitoral, ficou em minoria na Câmara, terminando penosamente sua lua-de-mel com o eleitorado.
O marketing tinha possibilitado sua vitória, mas ela não se consolidou com política que se enfrentasse à hegemonia conservadora na sociedade, mesmo dispondo da crise social para demonstrar políticas distintas de enfrentamento da crise.
No Brasil, ao contrário, o marketing eleitoral foi positivo, porque se assentava em um governo enraizado fortemente nas camadas majoritárias da população, beneficiárias das políticas sociais. A comparação entre os governos FHC e Lula era inquestionavelmente favorável a este, em todos os níveis. Daí que a oposição buscou um atalho para chegar a setores da população através da exploração de preconceitos de caráter religioso. A retomada da esfera política como essencial, determinou finalmente a vitória de Dilma.
A diferença entre Lula e Obama é que, com o primeiro, o marketing está apoiado em medidas concretas de um governo de caráter popular, cujas políticas defenderam os direitos da população durante a crise e estendem esses direitos com seu modelo econômico e social. Por isso Lula saiu vitorioso e Obama foi derrotado. Lula fortaleceu os bancos públicos para combater a crise, enquanto Obama confiou em que a recuperação dos bancos privados em crise alavancaria a recuperação da economia, se equivocou e foi derrotado.
Uma imagem eleitoral pode ser construída tecnicamente, porém só se sustenta se estiver apoiada em um governo e em uma liderança sólida e coerente politicamente.
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