Mais
uma vez, professores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido
(Ufersa) são destaques na mais importante premiação editorial do Brasil:
o Prêmio Jabuti, que este ano chega à sua 55ª edição. O título
"Polinizadores no Brasil: contribuição e perspectivas para a
biodiversidade, uso sustentável, conservação e serviços ambientais", de
autoria dos docentes Dora Ann Lange Canhos, Denise de Araújo Alves,
Antônio Mauro Saraiva e Vera Lúcia, ficou em terceiro lugar na categoria
Ciências Naturais de 2013.
O livro conta com a participação de 85
pesquisadores de 16 Estados do Brasil e 38 instituições de Ensino
Superior e Pesquisa. A publicação contempla 23 capítulos distribuídos em
cinco partes: Polinizadores e polinização, um tema global;
Polinizadores e polinização no Brasil; Abelhas como polinizadores;
Ferramentas para uso e conservação de polinizadores; Polinizadores,
políticas públicas e propostas de estratégias de ação.
"Em 2012, já
havíamos sido contemplados com um trabalho do professor Alex Augusto (o
livro ‘Tecnologia do Pescado - Ciência, Tecnologia, Inovação e
Legislação’ obteve a segunda colocação na categoria Tecnologia e
Informática), o que mostra a qualidade do nosso corpo docente e das
pesquisas que desenvolvemos. Uma premiação que é referência nacional
comprova que diferentemente do que os grandes veículos de comunicação
afirmam, não só existe pesquisa de excelência no Sudeste do Brasil",
destaca o reitor da Ufersa, Arimatéa Matos.
As discussões sobre os
polinizadores ganhou força em 2000 com a realização da Convenção da
Diversidade Biológica. Naquele momento, foi aprovada a Iniciativa
Internacional dos Polinizadores com objetivo de catalisar as ações
regionais. O grupo de pesquisa sobre o assunto se solidificou na Ufersa,
em parceria com outras instituições.
Os projetos em andamento com as
abelhas nativas, principalmente com a Jandaíra (Melipona subnitida),
destacam os padrões de distribuição na sua grande área de vida, as
plantas utilizadas como fonte de alimentação e a modelagem climática,
que indicará as ações para uso sustentável destas abelhas no futuro
próximo.
Na Ufersa, a professora Vera Lúcia Imperatriz, que desde
2010 atua como Docente Visitante Sênior no Programa de Pós-graduação em
Ciências Animais, coordena ainda o projeto de pesquisa "Meliponicultura
no RN: diagnóstico e proposta de novos negócios", a partir de um
convênio firmado entre a Fundação Guimarães Duque (FGD), a Ufersa e o
Banco do Nordeste.
A Universidade também dispõe de um Centro
Tecnológico de Apicultura e Meliponicultura do RN (Cetapis), que lidera
no Brasil uma campanha contra o desaparecimento das abelhas. O movimento
já colheu mais de 3.500 assinaturas de apoio ao Manifesto de Proteção
às Abelhas, porém a meta é chegar a100 mil.
Fonte: Jornal O Mossoroense
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