Milhares
de filiados do Partido dos Trabalhadores, irão às
urnas neste domingo para escolher os dirigentes da legenda nos
municípios, nos estados e no país.
E o que isso tem a ver com
democracia?, poderá perguntar alguém que não se interessa por política
ou por organizações partidárias.
Muito se tem falado da democratização da sociedade brasileira. Desde o
fim do regime militar a nação avançou, mas existe uma (quase)
infinidade de barreiras a serem superadas. Um desses obstáculos – para
alguns de visão míope, tem menor importância – é a conquista da
democracia interna nos partidos.
A cultura partidária no Brasil ainda é a dos coronéis, dos caciques,
dos donos do dinheiro e assim por diante. Não há participação ativa de
quem está na base da maioria dos partidos brasileiros. As decisões
geralmente são de cúpula. Pequenos grupos decidem quem será o candidato a
prefeito, a governador, a senador, a deputado e a presidente da
República. São esses mesmos grupos que decidem quem comanda a legenda,
em qualquer nível.
Desde 2001 – portanto faz mais de uma década – os petistas escolhem
seus dirigentes por meio de eleição direta. Todos os filiados podem
votar e há uma disputa saudável pelo comando dos diretórios municipais,
estaduais e nacional.
Neste domingo, por exemplo, cerca de 800 mil filiados estão
habilitados para votar. Estão ocorrendo debates em todas as regiões do
país, desde pequenos municípios a grandes cidades.
O número de candidatos à presidência nacional do partido e as
diferentes correntes ideológicas que eles representam são sinais claros
de que a democracia interna no PT não está morta. E essa democracia,
quanto mais avança, mais abre possibilidades para combater práticas
condenadas, como corrupção nos governos e outros poderes.
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