A
Promotoria do Meio Ambiente convocou a Companhia de Águas e Esgotos do
Rio Grande do Norte (Caern) para uma audiência na próxima semana,
requerendo novas avaliações sobre a contaminação por nitrato nos
reservatórios da cidade. A promotora Gilka da Mata alega que a Companhia
não tem o controle rigoroso e que fornece dados não seguros.
Neste caso, a Caern custearia perícias, no valor de quase R$ 400 mil, executadas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Para a audiência, também foram convocados a Agência Reguladora de Saneamento Básico de Natal (Arsban), Idema e secretarias municipal e estadual de saúde. A reunião está convocada para o dia 12 próximo, na 45º Promotoria de Justiça. Esclarecido se a Caern concorda com os valores indicados pelos peritos, será agilizado acordo judicial. R$ 166 mil seriam pagos ao IFRN e R$ 223 mil a UFRN.
“O que temos são informações da empresa. Essas informações precisam ser checadas, pois não tem um controle rigoroso como deveria”, aponta a promotora, baseando-se na discrepância de alguns dados, pois, um mesmo bairro possui, muitas vezes, valores diferentes de nitrato, dependendo do trecho. “Existem lugares que temos dúvidas sobre o nitrato”.
A ação judicial em andamento, de número 001.07. 200202-7, em que o juiz Bruno Lacerda Bezerra determinou o orçamento da perícia, demais questões sobre a qualidade da água também foram levantadas e serão discutidas na audiência. O MP contesta a apresentação da cor amarelada na água e padrão de turbidez acima do estabelecido pela legislação, nos bairros de Tirol, Petrópolis e Candelária, bairros abastecidos pelo manancial da Lagoa do Jiqui. Gilka da Mata disse que pessoalmente visitou o local em junho deste ano e constatou o fato. Agora ela quer saber se o acontecimento é constante durante o ano.
Além das análises da qualidade de água, a promotoria requer a perícia para análise do Plano Diretor de Abastecimento de Água, verificação do funcionamento da Estação Elevatória localizada as margens do Rio Doce, Zona Norte, mapeamento e identificação dos poços de captação de água para distribuição, esclarecimento de medidas contra a falta de água em bairros da cidade, e avaliação da qualidade da água da Lagoa de Extremoz. “Essas são as questões emergenciais. A cada vez que resolvemos um problema, detectamos outro”, alega Gilka da Mata.
Em questão das novas análises do nitrato e da turbidez e coloração da água, Isaías Costa, gerente operacional da Caern, diz que tem total confiança nos dados apresentados pelas análises laboratoriais da Caern. Ele considera um grande avanço no combate a contaminação a construção da adutora 3, inaugurada em 2010, instalada na Lagoa do Jiqui, que diluiu a água dos poços artesianos contaminados e beneficiou, principalmente, o bairro de Neópolis, atualmente com índices dentro dos limites.
Costa ressalta ainda que o problema da concentração de nitrato na água será resolvido totalmente com o saneamento da cidade. Mês passado, o Governo do Estado assinou o convênio de R$ 504 milhões para saneamento do estado. A proposta é cobrir 100% da capital potiguar em dois anos.
Neste caso, a Caern custearia perícias, no valor de quase R$ 400 mil, executadas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Para a audiência, também foram convocados a Agência Reguladora de Saneamento Básico de Natal (Arsban), Idema e secretarias municipal e estadual de saúde. A reunião está convocada para o dia 12 próximo, na 45º Promotoria de Justiça. Esclarecido se a Caern concorda com os valores indicados pelos peritos, será agilizado acordo judicial. R$ 166 mil seriam pagos ao IFRN e R$ 223 mil a UFRN.
“O que temos são informações da empresa. Essas informações precisam ser checadas, pois não tem um controle rigoroso como deveria”, aponta a promotora, baseando-se na discrepância de alguns dados, pois, um mesmo bairro possui, muitas vezes, valores diferentes de nitrato, dependendo do trecho. “Existem lugares que temos dúvidas sobre o nitrato”.
A ação judicial em andamento, de número 001.07. 200202-7, em que o juiz Bruno Lacerda Bezerra determinou o orçamento da perícia, demais questões sobre a qualidade da água também foram levantadas e serão discutidas na audiência. O MP contesta a apresentação da cor amarelada na água e padrão de turbidez acima do estabelecido pela legislação, nos bairros de Tirol, Petrópolis e Candelária, bairros abastecidos pelo manancial da Lagoa do Jiqui. Gilka da Mata disse que pessoalmente visitou o local em junho deste ano e constatou o fato. Agora ela quer saber se o acontecimento é constante durante o ano.
Além das análises da qualidade de água, a promotoria requer a perícia para análise do Plano Diretor de Abastecimento de Água, verificação do funcionamento da Estação Elevatória localizada as margens do Rio Doce, Zona Norte, mapeamento e identificação dos poços de captação de água para distribuição, esclarecimento de medidas contra a falta de água em bairros da cidade, e avaliação da qualidade da água da Lagoa de Extremoz. “Essas são as questões emergenciais. A cada vez que resolvemos um problema, detectamos outro”, alega Gilka da Mata.
Em questão das novas análises do nitrato e da turbidez e coloração da água, Isaías Costa, gerente operacional da Caern, diz que tem total confiança nos dados apresentados pelas análises laboratoriais da Caern. Ele considera um grande avanço no combate a contaminação a construção da adutora 3, inaugurada em 2010, instalada na Lagoa do Jiqui, que diluiu a água dos poços artesianos contaminados e beneficiou, principalmente, o bairro de Neópolis, atualmente com índices dentro dos limites.
Costa ressalta ainda que o problema da concentração de nitrato na água será resolvido totalmente com o saneamento da cidade. Mês passado, o Governo do Estado assinou o convênio de R$ 504 milhões para saneamento do estado. A proposta é cobrir 100% da capital potiguar em dois anos.
Quanto
a turbidez da água, ele admite o ocorrido no período chuvoso, quando o
Rio Pitimbu sofreu com erosões no solo, que obstruíram a passagem da
água. O rio é o principal afluente da Lagoa do Jiqui. “A gente foi pego
desprevenido”, afirma. De acordo com o gerente, o problema da coloração
amarelada e turbidez da água foi resolvido. Ele acrescenta ainda que não
havia comprometimento da qualidade da água, “só uma questão estética”.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
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