domingo, 3 de novembro de 2013

Inclusão >> Pessoas com deficiência superam limitações

Joãozinho já está no rádio e agora quer chegar à televisão

Fonte: Jornal Gazeta do Oeste

Todo mundo tem dificuldades, seja no trabalho, no convívio social, no aprendizado. Mas esses problemas se tornam mais acentuados para as pessoas com deficiência física. Incrivelmente, são essas pessoas que parecem nascer com mais força para enfrentar os desafios impostos pela vida.

João Marciliano Meira Barbosa, muito conhecido na cidade como simplesmente Joãozinho, teve glaucoma quando ainda era bebê e por isso perdeu a visão. Mas não poder enxergar não foi motivo para ele deixar de aproveitar todas as fases da vida, de estudar, ou trabalhar.

"Quando a gente começa a trabalhar quer galgar o sucesso. Sempre tive vontade de trabalhar em rádio. Consegui. Agora quero fazer TV", diz.

Joãozinho faz parte da equipe de repórteres da Rádio Difusora de Mossoró. Independente, como sempre foi apesar do problema, trabalha na rua levando as informações para os ouvintes. Ele diz que ainda não recebeu o convite de nenhuma emissora de televisão local, mas espera que isso aconteça.

Mesmo com a capacidade profissional já comprovada, o repórter diz que ainda enfrenta desafios e preconceito. "Tem companheiro de profissão que tenta diminuir nosso trabalho. Por isso não baixo a cabeça", afirma.

A inclusão social é muito discutida hoje em dia, principalmente no que se refere à educação. Escolas particulares e até o setor público têm se preparado melhor para receber o aluno portador de necessidades especiais. A acessibilidade em locais públicos tem melhorado bastante nos últimos anos, mesmo ainda não sendo o ideal. Mas nem sempre foi assim.

Joãozinho estudou até a 8ª série do ensino fundamental em escola pública normal. Além de não específica para atender as necessidades e diferenças de pessoas como ele, na época ainda não existia toda a preocupação que tem hoje sobre a inclusão social das pessoas com deficiência.

Mesmo enfrentando muitos desafios, ele conta que na infância não deixou de fazer nada por causa do problema. "Fiz o que toda criança pode fazer. Sou o mais novo dos irmãos e minha mãe sempre disse que sou o único que nasceu normal", brinca.

Sobre preconceito, João Marciliano fala que muitas vezes parte da própria família, muitas vezes tenta proteger demais e de certa forma subestimando a capacidade da pessoa com deficiência. "Sempre há diferença no tratamento e os pais se preocupam muito mais", afirma.

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