quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Ética e Jornalismo >> Mulher de Schumacher pede que imprensa deixe a porta do hospital

  • ‘É importante para mim que vocês se afastem dos médicos e do hospital, para que eles possam trabalhar em paz’, disse Corinna, em comunicado
  • Assessoria diz que piloto continua em estado grave e não está fora de perigo
Por Agência Reuters

RIO - A mulher do ex-piloto Michael Schumacher pediu nesta terça-feira que os jornalistas deixem a porta do Centro Hospitalar Universitário de Grenoble, na França, onde o alemão está internado desde o dia 29 de dezembro. Em comunicado, Corinna Schumacher disse que os médicos precisam trabalhar em paz para conseguirem ajudar o heptacampeão a sobreviver após o acidente que sofreu quando esquiava na estação de Méribel, nos Alpes franceses.

“Nos ajudem em nossa luta comum pela vida de Michael. É importante para mim que vocês se afastem dos médicos e do hospital, para que eles possam trabalhar em paz. Por favor, deixem a nossa família em paz”, disse Corinna.

Na nota, Corinna também avida que esta será a única manifestação dela durante a recuperação do marido.

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Um jornalista disfarçado de padre tentou entrar no quarto do hospital de Grenoble, onde Michael Schumacher se encontra em estado crítico, tendo sido submetido a uma segunda cirurgia.
A assessora do ex-piloto alemão Sabine Kehm revelou que o jornalista foi descoberto pelos seguranças e expulso da unidade hospitalar.
«Eu nunca imaginaria que tal situação pudesse suceder», confessou Sabine Kehm aos jornalistas numa conferência de imprensa dada pelo corpo clínico do departamento de neurocirurgia do hospital de Grenoble.
A batina usada pelo jornalista, cuja identidade ainda não foi revelada, acabou por ser queimada.
NOTA DO BLOG >> UMA REFLEXÃO SOBRE ESSE FATO:

No tempo atual, também chamado de Era da Informação, em que convivemos com o advento da internet, do consumo instantâneo de notícias que nos chegam em primeira mão, da busca pela exclusividade nos fatos a serem noticiados... Talvez por esses motivos, tenhamos visto a cada dia uma verdadeira “guerra” em que a mídia acaba por querer fazer de reféns figuras públicas a ponto de acontecerem situações como essa ocorrida, no caso do piloto hospitalizado.

Repórteres chegando a extrapolar o bom senso.

Esse foi apenas um dos vários casos que deveria servir para que reflitamos sobre alguns pontos a serem destacados nessa "busca por notícia". E o jornalista (que agiu de má fé), ao se vestir de padre? deveria ser punido, ou será que vai ser tido como profissional “esperto” que busca a notícia a qualquer custo? E onde ficam nesse contexto, valores sociais como: ética profissional, respeito a pessoa acidentada e a sua família, desrespeito às regras do ambiente em que esse jornalista adentrou sem autorização?

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