O programa pretende enviar, até 2015, 100 mil universitários para cursar parte do Ensino Superior fora do Brasil
Jovens que irão ajudar a construir o Brasil do futuro, muito mais
desenvolvido. É o que Letícia Medeiros, Felipe Lopes e Isadora Nunes
agora representam para o Brasil. Eles, estudantes da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e uma centena de jovens
universitários de todo o país, participaram do programa Ciências sem
Fronteiras como uma forma de investir na sua formação profissional antes
de entrar no mercado de trabalho.
Os estudantes contam que estudar fora amplia o conhecimento sobre
outras culturas, além de ser uma excelente oportunidade de aperfeiçoar
um novo idioma e adquirir conhecimentos diversos. Em dois anos, quase 40
mil brasileiros estudaram fora do país com uma bolsa do Ciência sem
Fronteiras, incentivo do Governo Federal.
Os três potiguares, que passaram um ano estudando na Holanda,
voltaram à Natal e contam suas experiências que engrandecerão o
currículo profissional. Para Letícia Medeiros, 20, estudante de
Engenharia Civil, a oportunidade de estudar um semestre em outro país
lhe abriu novos horizontes.
Uma das obrigações impostas pelo governo brasileiro para quem
participa do Ciência sem Fronteiras é que, ao voltar à sua cidade de
origem, o aluno não poderá sair do país por um ano. “Essa é uma forma
que o governo encontrou para que nós possamos ‘devolver’ ao Brasil tudo o
que aprendemos lá fora. Ainda não sei o que farei com tudo o que
aprendi, mas estou pensando em alguns projetos”, explicou Felipe Lopes.
“Eu me senti incentivada a querer aplicar aqui em Natal e em nosso
país tudo aquilo que aprendi lá. Novos conceitos, novos entendimentos. É
importante que os novos profissionais possam ter uma visão diferente
daquela que aprendemos dentro da nossa universidade. Toda pessoa que eu
vejo, explico que essa foi uma oportunidade única. Indico a todos os
meus amigos”, afirmou Letícia Medeiros.
Lançado pela presidente Dilma Rousseff, em 2011, para tentar
qualificar estudantes de áreas-chaves para o desenvolvimento tecnológico
do país, como engenharia, física, medicina, computação e outras áreas
do conhecimento, o Ciência sem Fronteiras pretende enviar, até 2015, 100
mil universitários para cursar parte do Ensino Superior fora do Brasil.
Os estudantes selecionados pela iniciativa federal recebem ajuda
financeira para pagar o curso, as despesas da viagem, alimentação e
hospedagem.
Com o fim de sua estadia, Letícia, Felipe e Isadora dizem ter
conseguido deixar uma boa impressão do Brasil no Holanda. “Apesar das
diferenças culturais, fomos muito bem recebidos e certamente deixamos
boas lembranças”, destacou Felipe. Segundo números oficiais do CNPq
(Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), o
programa Ciência Sem Fronteiras concedeu até 2013 mais de 24 mil bolsas
de estudo para brasileiros interessados em fazer intercâmbios em 35
países.
Os EUA lideram a lista como país receptor, com 5,4 mil bolsistas –
69% deles, de graduação, e o restante, em diferentes modalidades de pós.
As universidades americanas receberam mais alunos que as instituições
no segundo e terceiro países que mais acolheram brasileiros, Canadá e
Portugal.
Fonte: Jornal de Hoje
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