sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Economia >> Vendas do varejo no RN fecham 2013 com alta de 8,8%, ficando 1,2% acima de 2012

Aumento ficou dentro das expectativas da Fecomércio RN e reflete, sobretudo, os maiores níveis de investimentos públicos no ano passado, somados aos incentivos federais

O maior volume de investimentos públicos (que fez circular mais dinheiro na economia local) e os incentivos federais, como redução de IPI em alguns produtos e o programa Minha Casa Melhor (que aqueceu, principalmente, o segmento de Móveis e Eletrodomésticos), foram os grandes responsáveis pelo bom número das vendas do comércio potiguar em 2013, apesar do momento delicado vivido no ano passado pelo nosso turismo, um dos pilares da economia potiguar. Segundo os dados divulgados na manhã desta quinta-feira, 13 de fevereiro, pelo IBGE, o Comércio Varejista Ampliado potiguar registrou aumento de vendas de 5,9% em dezembro, na comparação com dezembro de 2012. Com isso, o balanço final do ano aponta de 8,8% em relação às vendas de 2012 que, por sua vez, haviam crescido 7,6%.

“Registrar uma alta de 8,8% é extremamente positivo. É um percentual que representa praticamente três vezes o crescimento do PIB brasileiro e também mais de duas vezes maior que a alta nas vendas do país (que ficou em 3,9%). Isto em um ano em que tivemos uma crise sem precedente no nosso turismo. O que nos salvou foram mesmo os investimentos públicos e, claro, o trabalho de cada empresário do comércio e dos serviços deste estado. Nosso segmento foi o grande responsável pela abertura de novas vagas de trabalho e, sem dúvida, assumiu a condição de locomotiva do desenvolvimento potiguar”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Fernandes de Queiroz, referindo-se, também, ao fato de que, das 10.384 vagas de emprego com carteira assinada abertas no ano passado no estado, nada menos que 9.966 (cerca de 96%) foram geradas pelo setor de Comércio e Serviços.

 Nas comparações pontuais mensais o desempenho de vendas do comércio potiguar em 2013 foi melhor do que em 2012 principalmente no primeiro semestre. No seis meses entre janeiro e junho, em cinco deles as vendas cresceram mais em 2013 do que em 2012 (janeiro, fevereiro, março, abril e maio). Já nos seis meses compreendidos entre julho e dezembro, o desempenho do ano passado foi melhor em três (julho, setembro e novembro). No geral, foram nove meses de aumento maior de vendas em 2013, em relação a 2012.

Entre os segmentos que registraram maiores altas nas vendas em 2013 está, por exemplo, o segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que registrou expansão no volume de vendas em 2013 da ordem de 10,3% em relação ao ano anterior, resultado que o levou a responder por 23,3% da taxa anual do varejo. Incluem-se nesta  atividade, por exemplo, as lojas de departamentos, que tiveram a maior influência no resultado, respondendo por 48% da taxa final da atividade.

A atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com crescimento de 1,9% em 2013 em relação ao ano anterior, exerceu o segundo maior impacto na formação da taxa geral do varejo (22,6%).

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que registrou crescimento de 10,1%, em relação ao ano anterior, apresentou a terceira maior contribuição à taxa anual do comércio varejista (15%). A variação de preços de medicamentos abaixo do Índice Geral e a expansão da massa de salários, somadas ao caráter de uso essencial de seus produtos, são os principais fatores explicativos do desempenho do segmento acima da média geral do varejo.

A quarta maior contribuição à taxa global do varejo coube a atividade de Combustíveis e lubrificantes(14,6%), que apresentou, em 2013, resultado positivo no volume de vendas da ordem de 6,3% com relação ao ano anterior. Esse desempenho foi influenciado, não só pelo comportamento dos preços dos combustíveis, cujo aumento em 2013 (6,1%) ficou muito próximo da média geral (5,9%), segundo o IPCA, bem como pelo crescimento da frota nacional de veículos.

Com aumento de 5,0% em relação ao ano anterior, a atividade de Móveis e eletrodomésticos exerceu o quinto maior impacto (14,4%) da taxa anual do varejo. A sexta maior contribuição para o resultado global no ano de 2013 coube ao segmento de Tecidos, vestuário e calçados, com uma variação de 3,5% em relação ao ano anterior, o mesmo resultado de 2012.

Fonte: Jornal de Hoje

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