Fonte: Conversa Afiada - extraído do Diário do Centro do Mundo
Uma das certezas desse fim de eleição é
que os ignorantes de sempre culparão os nordestinos ignorantes pela
derrota de Aécio Neves e proporão um racha.
Estarão errados, mais uma vez, não
apenas pelo julgamento odioso. O Nordeste escolheu Dilma maciçamente —
inclusive Pernambuco, onde a viúva de Eduardo Campos declarou apoio a
Aécio Neves –, mas decidiu o pleito com a ajuda inestimável dos
mineiros.
Em Minas, o ex-governador perdeu por 52,4% a 47,6%. São cerca de 500 mil votos.
Para quem se jactava de ter deixado
o cargo com 92% de aprovação, número nunca comprovado, e falava de seu
estado com um tom de apropriação, foi uma paulada.
Aécio não apenas não elegeu o
candidato de seu partido em MG como apanhou de uma conterrânea que, como
ele, passou muito pouco tempo por lá.
A nacionalização de Aécio, trazida
pela campanha, mostrou aos habitantes de Minas um homem que eles talvez
desconfiassem que não fosse grande coisa. Mas como saber ao certo com
uma imprensa totalmente vendida e uma propaganda oficial diuturna?
Durante sua gestão e a de
Anastasia, não foram publicadas notícias sobre o aeroporto construído em
terras do tio, sobre o nepotismo, sobre as verbas publicitárias para
veículos de comunicação da família etc. Isso só veio à tona nos últimos
anos — e mesmo assim com uma imprensa de Rio e SP jogando a favor.
Aécio termina 2014 como um nome
nacional, com um capital eleitoral forte num país dividido, recordista
de votos no PSDB, mas derrotado. Terá pela frente dois concorrentes com
sangue nos olhos: José Serra e Geraldo Alckmin, ambos de São Paulo.
Os dois estavam com Aécio em seu
discurso pós derrota. Ressentido, Aécio não dirigiu palavra à mineirada.
Em compensação, São Paulo foi lembrado.
Minas nos livrou de seu filho.
O Governo de Aécio em Minas foi um produto do Marketing patrocinado pelas emissoras de TV e Rádios dele e Família, e o pior é que eram financiadas com dinheiro Público, Imprensa contraria era na mordaça.
ResponderEliminar