quinta-feira, 18 de outubro de 2018

A HISTÓRIA COMO TESTEMUNHA >> Carlos Eduardo não fere a honra da família Alves ao declarar apoio a Bolsonaro. Entenda a história

Aluízio Alves com os articuladores do golpe de 1964 Magalhães Pinto e Milton Campos

Li algumas críticas ao candidato ao Governo do Estado Carlos Eduardo Alves (PDT) por declarar apoio a Jair Bolsonaro (PSL). A grita gira em torno sempre do passado de perseguição sofrido pelos ícones políticos de sua família pela ditadura militar exaltada pelo presidenciável.
De fato, o pai de Carlos Eduardo, o jornalista Agnelo Alves, foi perseguido pelo regime. Chegou a ser preso por duas notas publicadas na Tribuna do Norte e teve os direitos políticos cassados assim como o tio do pedetista, Aluízio Alves.
Mas também é preciso lembrar que os Alves não foram uma resistência raiz da ditadura dos fardados. Foram entusiastas de primeira hora do golpe de 1964 e compuseram a “Arena Verde” nos primórdios da ditadura.


Aluízio participava das escolhas dos governadores no ciclo biônico como foi no caso de Lavoisier Maia.

Só depois, após perder uma disputa interna contra Dinarte Mariz, que Aluízio foi cassado por dez anos pela ditadura em 1969. Mesmo assim ele se manteve influente nas escolhas dos governadores biônicos e formalizou uma aliança com a família Maia (aliada do regime) em 1978 no que ficou conhecida como paz pública.


Sempre que foi conveniente, a família Alves não teve dificuldades em deixar de lado as mágoas pela repressão do passado.

Resultado de imagem para carlos eduardo alves e bolsonaro
O fato de Bolsonaro ser fã do regime militar é o de menos.

Sem comentários:

Enviar um comentário