quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Os sintomas das mudanças climáticas são cada vez mais alarmantes

image.pngConcentração recorde de CO2, calor extremo, recuo das geleiras... Os mais recentes indicadores sobre alterações no clima evidenciam que uma ação é urgente. Muito provavelmente, 2018 será o quarto ano mais quente desde que começaram os registros das temperaturas, em 1880, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Assim, o século XXI já conta com 17 dos 18 anos mais quentes já registrados.
Neste verão no hemisfério norte, a Europa, o oeste dos Estados Unidos e a Ásia foram castigados por ondas de calor. Em Portugal, Escandinávia, Japão e Argélia, por exemplo, foram reportadas temperaturas recorde e também incêndios gigantescos. No Ártico, a extensão da banquisa de gelo se manteve muito abaixo da média durante todo o ano e registrou um recorde mínimo em janeiro e fevereiro. As geleiras do planeta também retrocederam pelo 38º ano consecutivo. Na Suécia, o pico sul da montanha Kebnekaise deixou de ser o mais alto do pais, devido às temperaturas excepcionais do verão.
405,5 partes por milhão
A concentração dos três principais gases causadores do efeito estufa - dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido de nitrogênio (NOX) - alcançou novos máximos em 2017 e seu avanço prossegue este ano. A concentração de CO2, um gás que persiste durante vários séculos, foi de 405,5 partes por milhão (ppm), em 2017. A última vez que a Terra registrou concentração semelhante foi entre 3 e 5 milhões de anos atrás, segundo a OMM. A temperatura na ocasião era de 2º a 3ºC mais alta e o nível do mar, superior entre 10 e 20 metros ao atual.
As emissões de metano, ligadas sobretudo à queima de energias fósseis e às atividades agropecuárias, aumentaram na última década. Sua concentração chegou em 2017 a um nível equivalente a 257% do registrado antes da Revolução Industrial. A elevação do nível dos oceanos, variável segundo as regiões, foi de 20 cm, em média, no século XX. Atualmente, eleva-se 3,3 mm anuais e o fenômeno parece se acelerar. O nível dos mares aumentou de 25% a 30% mais rapidamente entre 2004 e 2015 com relação a 1993-2004.
O degelo das calotas de gelo da Groenlândia explica em parte este aumento. Mas a Antártica pode se tornar o principal motor: antes de 2012, o continente branco perdia 76 bilhões de toneladas de gelo ao ano. Desde então, a cifra disparou para 219 bilhões de toneladas.
Fonte: www.domtotal.com

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