O reúso da água está entre as prioridades do novo presidente do Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (Igarn), Francisco Caramuru Paiva. Em entrevista nesta quarta-feira (16) ao programa RN Acontece, o novo gestor explicou que qualquer região do mundo que tem carência de água – seja árida ou semiárida, como é o caso do RN - precisa avançar nessa questão de utilizar a água por mais de uma vez, quando possível.
Caramuru lembrou que o Estado possui tecnologias para esse reúso da água. “A Ufesa, por exemplo, desenvolveu, junto com o projeto Dom Hélder Câmara, o Bioágua, que é o reaproveitamento da água cinza, da limpeza da casa. O presidente do Igarn coordenou esse projeto, no período de 2003 a 2008, promovendo a inclusão social e o desenvolvimento sustentável de cerca de 2.000 famílias agricultoras em 17 municípios do RN.
Outro programa importante, desenvolvido pelo Igarn, segundo Francisco Caramuru, é o “Água Nossa”, uma das atividades da componente para a educação ambiental em Recursos Hídricos. Entre os seus objetivos, disse ele, está conscientizar o cidadão sobre o uso racional da água, além de levar informações às escolas tanto públicas como privadas, membros de comitês de bacias hidrográficas, empresas e aos usuários em geral.
Segundo o presidente do Igarn, as inscrições foram abertas esta semana e se estendem até o dia 28 de fevereiro, no site do órgão (www.igarn.rn.gov.br). “Uma face importante para aperfeiçoar a gestão das águas é a compreensão de que cada um precisa fazer o seu papel, usando bem esse recurso natural”, disse.
Caramuru destacou ainda que o quadro encontrado por ele, ao assumir o Igarn, é de preocupação, pois em torno de 20% é o quantitativo de água disponível nos reservatórios do Estado, apesar de 2018 ter sido um ano bom de chuva. “Regiões como o Alto Oeste e o Seridó apresentam situação bem crítica, pois os reservatórios não tomaram água”, destacou.
Para ele, se uma houver chuva correspondente à de 2018, o sistema irá ficar com uma capacidade maior que o período chuvoso do ano passado. “A expectativa do Igarn é que o quantitativo fique entre 30% a 50%”, revelou.
Para ele, se uma houver chuva correspondente à de 2018, o sistema irá ficar com uma capacidade maior que o período chuvoso do ano passado. “A expectativa do Igarn é que o quantitativo fique entre 30% a 50%”, revelou.
Francisco Caramuru é graduado em Agronomia pela Universidade Federal do Semi-árido (Ufersa), com especialização em Gestão Ambiental. Ele exerceu a função de delegado federal do Desenvolvimento Agrário do RN, através do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do governo federal, e recentemente assessorou o mandato de Fátima Bezerra como senadora para os temas de agricultura, segurança hídrica e, em especial, ações relativas ao projeto de integração do Rio São Francisco.
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